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Tipo de entidade:
Pessoa singular
Andreas, António Carlos. Fl. 1740-1779, arquiteto e engenheiro
Outras formas do nome:
Andreis, António Carlos
Data(s):
1740-1779
História:
António Carlos Andreas é um dos arquitetos e engenheiros militares do período setecentista com reconhecido exercício de funções no contexto do programa de recuperação urbana, na sequência do terramoto de 1755. Filho do sargento-mor António Carlos Andreas, activo no Alentejo, inicia o seu percurso profissional nas Obras da fortificação de Estremoz (c.1740). É nomeado aprendiz da Aula da Fortificação (1750), sucedendo no mesmo ano, a Pedro Ramalho no cargo de aprendiz de Arquitectura dos Paços da Ribeira. Regressa, passado algum tempo ao Alentejo, já com o posto de ajudante com exercício de engenheiro, e aí é encarregue de acompanhar as obras anteriormente dirigidas pelo seu pai, já falecido. Em Lisboa, a sua acção como agente da nova cidade, ficou a dever-se ao facto de ter integrado uma das equipas coordenadas por Manuel da Maia, para discussão preliminar do projecto de renovação urbana. Neste âmbito, participa no grupo de trabalho de Eugénio dos Santos, o qual deveria apresentar propostas para a revitalização do tecido urbano, na zona ocidental de Lisboa. Desta equipa, na qual colabora com o posto de ajudante, resultou uma planta, identificada no Memorial de Manuel da Maia como nº. 3, que com base na planta da cidade destruída, da autoria de Manuel da Maia, deveria ter como pressuposto a conservação dos lugares dos templos e das ermidas da cidade antiga sendo-lhes, no entanto, dada liberdade para projectar as ruas da cidade nova. O plano urbano aqui desenhado sintetiza os anteriores (das equipas do ajudante Pedro Gualter da Fonseca com o praticante Francisco Pinheiro da Cunha e do capitão Elias Sebastião Poppe com o seu filho o ajudante Domingos Poppe), com particular enfoque para a relação entre as duas praças, impondo maior regularidade ao traçado das ruas, assim como valorizando as ligações entre as colinas. Integra ainda, como ajudante, uma outra equipa que, coordenada pelo diretor da Aula da Fortificação, o sargento-mor Fiplipe Rodrigues de Oliveira, é responsável pelo desenho da "Planta que compreende os terrenos das partes contíguas de Lisboa(...)", projecto que elege a zona periférica como alvo de intervenção e que, apesar de parecer um projecto complementar, é no fundo a concepção de um novo espaço para além dos limites da zona central. Após ter dado o seu contributo no programa de edificação da nova Lisboa, é nomeado capitão de Infantaria com exercício de engenheiro, e com este posto substitui Alexandre de Chermont na direção das obras da fortificação de Almeida (1762). Devido a desentendimentos entre os técnicos da fortificação e o governador da praça, este manda prender alguns engenheiros, entre os quais António Carlos Andreas. Após ter estado algum tempo na prisão do Limoeiro, é deportado para Cabo Verde. Tudo indica que antes, ainda, terá passado em Bissau, onde colabora provavelmente nas obras da fortaleza que estava a ser construída. Já em Cabo Verde, onde segundo o seu testemunho fica durante doze anos, intervém como diretor de obras da fortificação e ainda sendo responsável pela produção de diversos desenhos, mapas, levantamentos topográficos das ilhas do arquipélago e plantas das povoações principalmente da de Ribeira Grande de Santiago. Decorridos dezassete anos sobre o incidente em Almeida, é ainda em Cabo Verde readmitido no exército (1779) e é já reintegrado na vida Militar que faz um relatório sobre a hipótese de se construir uma povoação na ilha de S. Vicente. Não obstante o seu percurso militar atribulado, é uma das figuras de vulto da arquitectura e do urbanismo setecentista e é sobretudo na arquitectura militar que as suas marcas são deixadas.
Funções, ocupações e actividades:
Arquiteto
Engenheiro
Militar
Identificador do registo de autoridade:
00016
Identificador(es) da instituição:
PT/AMLSB
Línguas e escritas:
Português
Fontes:
CONCEIÇÃO, Margarida Tavares - Da vila cercada à praça de guerra: formação e espaço urbano em Almeida. Lisboa: Livros Horizonte, 2002.
MOITA, Irisalva, dir. - Lisboa e o Marquês de Pombal: exposição comemorativa do bicentenário da morte do Marquês de Pombal. Lisboa: Câmara Municipal, 1882.
PEDREIRINHO, José Manuel - Dicionários dos arquitetos activos em Portugal do século I à actualidade. Porto: Afrontamento, 1994. p. 53.
SEPÚLVEDA, Cristovão Aires de Magalhães - "Andreas, António Carlos". In História orgânica e política do exército português. Lisboa: Imp. Nacional. 1923. vol. VII, p.59.
SILVA, António Leão Correia e - Nos tempos do Porto Grande do Mindelo. Praia: Centro Cultural Português, 2000.
VITERBO, Francisco M. de Sousa, coord. - "Andreis (António Carlos)". In Dicionário histórico e documental dos arquitetos, engenheiros e construtores portugueses. Lisboa: Imp. Nacional, vol. I, p.28-30.
Registos adjacentes
- Almeida, Teresa de Jesus de Freitas Alves Fardilha Tadeu. 19---, engenheira técnica civil
- Água, António Seabra de Vaconcelos Esteves. 19---, engenheiro técnico civil
- Aires, Carlos Alfredo Correia de Vasconcelos. 19---, engenheiro eletrotécnico
- Almeida, António Augusto Moreira Nunes de. 1940-, arquiteto
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