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Tipo de entidade:
Pessoa singular
Telmo, José Ângelo Cottinelli. 1897-1948. arquiteto, cineasta
Outras formas do nome:
Cottinellli Telmo
Data(s):
1897-11-13 (nascimento em Lisboa)
1907-1914 (frequentou o Liceu Central de Pedro Nunes, em Lisboa, onde conclui o Curso Geral dos Liceus e o Curso Complementar de Ciências. Frequenta as aulas de desenho da Sociedade de Belas-Artes do Liceu de Pedro Nunes)
1915-1920 (curso especial de Arquitetura Civil, da Escola de Belas-Artes de Lisboa)
1921-1929 (dirige a revista infanto-juvenil ABCzinho, sendo responsável por grande parte do seu conteúdo. Fez capas, textos, ilustrações, banda desenhada de que foi um pioneiro em Portugal)
1921-1922 (pavilhão de honra de Portugal na Exposição do Rio de Janeiro, Brasil, em coautoria com Carlos Ramos e Luís da Cunha)
1923-[c.1943] (arquiteto da Companhia de Caminhos-de-Ferro-Portugueses. CP)
1929 (concebeu o pavilhão de Portugal na Exposição de Sevilha)
1934-1948 (nomeado por Duarte Pacheco para integrar a Comissão das Construções Prisionais)
1936 (adere à legião portuguesa e compõe a música do hino da Mocidade Portuguesa)
1938-1942 (diretor da revista oficial do Sindicato Nacional dos Arquitetos)
1940 (nomeado arquiteto-chefe da Exposição do Mundo Português, em Belém, Lisboa)
1941-03-04 (agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Nosso Senhor Jesus Cristo)
1941-1942 (assina uma coluna de critica de arte no jornal Acção)
1941 (nomeado por Raul Lino, para vogal da Academia Nacional de Belas-Artes)
1941-1945 (secretário da Direção do Sindicato Nacional dos Arquitetos)
1941-1945 (integra a Comissão Administrativa do plano de obras da praça do Império e da Zona Marginal de Belém)
1941-1948 (arquiteto-chefe da Comissão Administrativa do plano de obras da Cidade Universitária de Coimbra, sendo substituido, após a sua morte, por Cristino da Silva)
1945-1948 (presidente do Sindicato Nacional dos Arquitetos)
1945-1948 (presidente da Comissão Executiva do I Congresso Nacional de Arquitetura)
1947 (presidente da comissão executiva do I Congresso Nacional de Arquitetura)
1948-09-18 (falecimento em Cascais)
1961 (atribuida a título postumo, a medalha de ouro da cidade de Lisboa, pela Câmara Municipal de Lisboa)
História:
«(...)"grande Fenómeno de Arte", "desenhador, poeta, actor, diseur e músico", "em tudo original, em tudo interessante e profundo, em tudo um grande esteta da Cor, do Som e da Vida. (...) Fixem-lhe o nome, esperem-no impancientemente."» Vasco Rosa (1) Filho do tenor lírico Cristiano da Luz Telmo e da professora de piano Cecília Cottinelli Telmo. Casado com Maria Luísa Marques Leitão de Barros Cottinelli Telmo, de quem teve duas filhas. A sua obra abarcou uma multiplicidade de áreas, destacando-se não apenas na arquitetura, no desenho, nas artes gráficas, na banda desenhada e no cinema, mas também na escrita, na poesia e na música (artes plásticas e letras). Enquanto estudava arquitetura (1915-1920), dedicou-se ao cinema, tendo colaborado na realização dos filmes "Malmequer" e "Mal de Espanha", ambos de 1918 e realizados por Leitão de Barros. Integra o projeto cinematográfico Lusitania Film, com Leitão de Barros, entre outros. Em 1932, construiu com A. P. Richard, o Estúdio da Tóbis, no Lumiar, onde realizou, no ano seguinte, A Canção de Lisboa, o primeiro filme sonoro completamente produzido em Portugal. A junção da arquitetura ao cinema resultou nos filmes Via, Máquinas e Maquinistas e Obras de Arte (1937), numa altura em que era adjunto da CP - Caminhos-de-Ferro Portugueses. Ligado às Artes Plásticas e às Letras, foi um dos pioneiros da banda desenhada em Portugal. Integrou a Comissão Organizadora das Comemorações dos Centenários (1938-1940) e foi arquiteto-chefe da Exposição do Mundo Português (1938-1942). Em 1940, concebeu obras de grande visibilidade na Exposição do Mundo Português (a praça do Império e a fonte Monumental, o monumento dos Descobrimentos, juntamente com Leopoldo de Almeida e a porta da Fundação) e em 1943, planeou a expansão da universidade de Coimbra, em Coimbra. Homem da confiança de Duarte Pacheco, foi responsável por obras de vulto no período do Estado Novo. O espírito nacionalista da Exposição do Mundo Português marcou a evolução da arquitetura, com distanciamento do espírito internacional que estava na base do movimento moderno. O regresso ao espírito tradicional e historicista (caracteristicas do estilo oficial do Estado Novo) é frequentemente apelidado de Português Suave. Cottinelli Telmo acreditava que a arquitetura não se baseava numa única disciplina, mas sim na junção de várias disciplinas artisticas. Juntamente com os arquitetos Carlos Ramos, Cristino da Silva, Jorge Segurado, Pardal Monteiro e Cassiano Branco, fez parte da geração de pioneiros do modernismo em Portugal. Referem-se as seguintes obras realizadas: Em 1920, criou a banda desenhada As Aventuras Inacreditáveis (e com Razão) do Tio Pirilau aue Vendia Balões, publicada no semanário ilustrado ABC; em 1921-1922, colaborou na Ilustração Portuguesa, dirigida por António Ferro; em 1921-1922, projetou o pavilhão de física e quimica do liceu de Gil Vicente, Lisboa (parcialmente construido e demolido em 1945); em 1921-1922, desenhou com Carlos Ramos e Luís da Cunha, o Pavilhão de Honra de Portugal, na Exposição Interacional do Rio de Janeiro; em 1923-1925, desenhou com Luís da Cunha, a escola Camões no Entroncamento; e projetou edifícios de passageiros da estação ferroviária de Barcelos e de Vila Real de Santo António, a torre de sinalização do Pinhal Novo ou o monumental átrio realizado aquando da remodelação da estação do Rossio; em 1924-1925, projetou com Luís da Cunha o bairro Camões, no Entroncamento; em 1927, realizou o Sanatório das Penhas da Saúde, também conhecido como sanatório da Covilhã ou sanatório dos Ferroviários; em 1928, desenhou o cartaz de propaganda para a Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses; em 1928-1929, realizou a Estação Ferroviária de Tomar, edifício de passageiros; em 1929, concebeu o Pavilhão de Portugal na Exposição de Sevilha; em 1930, participou no 1º Salão dos Independentes, promovido pela Sociedade Nacional de Belas Artes; em 1930, projetou o Liceu Latino de Coelho, em Lamego; em 1932, construiu a Estação Fluvial de Sul e Sueste, do Terreiro do Paço (ligação Lisboa-Barreiro); em 1932, construiu com A. P. Richard, os estúdios cinematográficos da Tóbis, no Lumiar, em Lisboa; em 1933, realizou e escreveu o argumento do filme A Canção de Lisboa, um clássico do cinema português e o primeiro filme sonoro integralmente produzido em Portugal, pelo estúdio cinematográfico da Tobis; em 1933, realizou o projeto de construção da capela Simões Afonso, na quinta da Maquia, em Sintra; em 1933-1935, realizou o abrigo de passageiros para o apeadeiro de Setúbal-Quebedo, em Setúbal; em 1934, realizou a estação ferroviária da Azambuja; em 1935, fez a remodelação da prisão de Alcoentre; em 1935, projeto de alteração do portão da garagem Lusitana; em 1936, criou a coleção de selos postais sobre o tema "As colónias portuguesas"; em 1936, compos a música do hino da Mocidade Portuguesa; em 1936, realizou a torre de sinalização e manobra do Pinhal Novo; em 1936, projetou e em 1944, realizou a estação ferroviária de Vila Real de Santo António; em 1936, projetou a Colónia Penal do Tarrafal, em Cabo Verde (não construído); em 1937-1938, realizou o documentário Máquinas e Maquinistas; em 1937-1938, realizou o documentário Obras de Arte; em 1937-1938, realizou o documentário Gente da Via; em 1938, projetou a remodelação interior do edificio de passageiros, da Estação do Rossio, em Lisboa; em 1939-1940, elaborou o plano da Exposição do Mundo Português (Comissão Organizadora das Comemorações dos Centenároso), designadamente, o jardim e fonte luminosa, da praça do Império, a exposição do Mundo Português, com Leopoldo de Almeida, o Padrão dos Descobrimentos, a Porta da Fundação e o museu de arte popular; em 1938, projetou e em 1946, construiu a cadeia de S. Pedro do Sul; em 1939-1947, colaborou no boletim mensal, "Mono Geral" da cidade universitária de Coimbra e projetou a escadaria monumental, da cidade universitária de Coimbra (concluido em 1950); em 1940, realizou a torre de controle de tráfego, da estação ferroviária de Campolide; em 1941-1942, foi colunista de critica de arte do jornal Acção; em 1942, criou a série de selos postais "Castelos Portugueses"; em 1943, projetou o liceu D. João de Castro, em Lisboa; em 1943 recebe o encargo da planificação da expansão da universidade de Coimbra, (implicava na demolição de uma vasta área histórica da alta de Coimbra), que obedece ao estilo monumental do regime (neoclássico e marcado pelas ideologias fascistas e nacional socialistas); em 1945, projetou o edifício da Standard Elétrica (atual sede da Orquestra Metropolitana de Lisboa), na avenida da Índia, em Lisboa (construído em 1948); em 1945, realizou o sanatóio das Penhas da Saúde; em 1947, criou uma coleção de selos postais para integrar a Grande Exposição Indústrial Portuguesa; em 1948, criou a série de selos postais para integrar a Exposição de Obras Públicas, Congressos de Arquitectura e Engenharia. "(...) pobre daquele que não encontra no passado alguma coisa para demolir." (Pricípio Telmiano) Vasco Rosa (2)
Lugares:
Lisboa
Funções, ocupações e actividades:
Arquiteto
Cineasta
Ilustrador
Fotógrafo
Músico
Bailarino
Estruturas internas/genealogia:
Pai de duas filhas, Isabel Maria da Conceição Leitão de Barros Cottinelli Telmo e Maria Teresa Leitão de Barros Cottinelli Telmo.
Contexto geral:
Identificador(es) da instituição:
PT/AMLSB3777 imagens fotográficas e 3 maquetas.
Regras e/ou convenções:
ISAAR (CPF) - Norma Internacional de Registo de Autoridade Arquivística para Pessoas Coletivas, Pessoas Singulares e Famílias: adotada pelo Comité de Normas de Descrição, Camberra: Australia, 27-30 de outubro de 2003. Conselho Internacional de Arquivos.
ODA - Orientações para a Descrição Arquivística: Grupo de Trabalho de Normalização da Descrição em Arquivo. Lisboa: Direção Geral de Arquivos, 2011.
NP 405-1:1994 - Informação e Documentação. Referências bibliográficas: documentos impressos: Comissão Técnica 7. Lisboa: Instituto Português da Qualidade, 1994.
Línguas e escritas:
Português
Fontes:
(1) e (2) ROSA, Vasco - Cottinelli Telmo: um piano no ateliê. [Em linha]. Observador: Cultura/Exposições, 2015-02-20. [Consult. 2024-04-11]. Disponível na internet: https://observador.pt/2015/02/20/cottinelli-telmo-um-piano-no-atelie/
Cottinelli Telmo: uma Vida Interrompida. [Em linha]. Lisboa: RTP Arquivos, RTP 2, 2015-01-31. [Consult. 2024-04-15]. Disponível na Internet: https.//arquivos.rtp.pt/conteudos/cottinelli-telmo-uma-vida-interrompida/
FILIPE, Carlos - Lisboa: De avô para neta, há segunda vida para a estação de Sul e Sueste. [Em linha]. Lisboa: Público, 2010-10-11. [Consult. 2024-04-11]. Disponível na Internet: https://www.publico.pt/2010/10/11/local/noticia/lisboa-de-avo-para-neta-ha-segunda-vida-para-a-estaçao-de-sul-e-sueste-1460363
José Ângelo Cottinelli Telmo - SIPA Sistema de Informação para o Património Arquitectónico. Forte de Sacavém. [Em linha]. Direção-Geral do Património Cultural. Património Cultural. Ministério da Cultura. [Consult. 2024-04-19]. Disponível na Internet:https://monumentos.gov.pt/site/app_pages user/Entity.aspx?id=94de3d43-77bd-4cc4-9bbd-29dbeeb740ed
Porto Editora - Cottinelli Telmo na Infopédia. [Em linha]. Porto: Porto Editora. [Consult. 2024-05-07]. Disponível na internet: https://www.infopedia.pt/$cottinelli-telmo
Projetar com Cottinelli Telmo. [Em linha]. OA, Secção Regional do Sul, Delegação do Centro, 2017-02-02. [Consult. 2024-05-02]. Disponível na internet: https://objectourbanoemespacorural.blogspot.com/2017/02/projectar-com-cottinelli-telmo.html
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