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Tipo de entidade:
Pessoa singular
Santos, Eugénio dos. 1711-1760, arquiteto e engenheiro militar
Outras formas do nome:
Eugénio dos Santos de Carvalho
Carvalho, Eugénio dos Santos de
Data(s):
1711-03 (nascimento)
1735 (admissão no curso de engenharia militar)
1736 (responsável pelas obras da fortificação de Estremoz e do paiol de Santa Bárbara)
1747 (ingresso na irmandade de São Lucas)
1750 (carta de mercê do ofício de arquiteto)
1750 (projeto da Cadeia da Relação do Porto)
1751 (aprovação régia da planta feita para a Casa dos Depósitos Públicos no Rossio)
1755 (início das obras de reconstrução de Lisboa, após o terramoto)
1756 (responsável da Casa do Risco das Obras Públicas)
1760-08-05 (morte)
História:
Eugénio dos Santos nasce em Leiria, na localidade de Aljubarrota, em março de 1711. Também é conhecido pelo seu nome completo - Eugénio dos Santos de Carvalho. Cedo ganha o gosto pela engenharia pelo que, em 1735, inicia o seu percurso académico, com a admissão em Engenharia Militar, acabando por se formar em Aula de Fortificações. Assim, acaba por conciliar a atividade de engenheiro militar com a de arquiteto. Em 1736, é contratado para ajudar a edificar as fortificações de Estremoz, o paiol de Santa Bárbara, o Paço e Armazéns. Em Évora, é contratado para as funções de medidor, de arquiteto na Marinha e ainda para a construção do novo Hospital Real das Caldas da Rainha. Em 1747, ingressa na Irmandade de São Lucas. Também se torna capitão-engenheiro e cavaleiro da Ordem de Cristo. Mais tarde, é dispensado desta ordem militar e religiosa por parte do rei D. José I, por força de problemas familiares. Entre o desempenho de vários cargos de relevo, torna-se responsável pelas fortificações da Marinha e assume a tarefa de inspecionar as obras da Corte. Em 1750, é agraciado com a carta de mercê da propriedade de ofício de Arquiteto supranumerário das obras dos Paços da Ribeira, em Lisboa, e outros paços reais. Torna-se igualmente Arquiteto do Senado. Após o terramoto, a 1 de novembro, de 1755, que destrói grande parte da cidade de Lisboa, com maior incidência na zona da Baixa, na parte adstrita aos bairros do castelo, ao Carmo e às zonas circundantes da cidade, todas com uma densidade populacional elevada. Entretanto, é convocado pelo Marquês de Pombal para dar o seu contributo à reconstrução da cidade, sob a direção do engenheiro-mor do Reino, Manuel da Maia, por sua vez apoiado por Carlos Mardel. É da sua autoria a planta que estabelece as bases da reconstrução da cidade de Lisboa. Na sequência, fica responsável, até à sua morte, pela Casa do Risco, criada após o terramoto, com o objetivo de desenhar a reconstrução da cidade. A planta apresentada por Eugénio dos Santos, baseia-se em ruas alinhadas de malha ortogonal, traçados e eixos de composição, características de simetria de alinhamento entre a rua Augusta e o Rossio até à praça do Comércio. A dimensão das ruas é idealizada para o caso de haver outro terramoto, para que o resultado do risco de desabamento dos edifícios seja minimizado. Já a disposição das casas em madeira autoportante é acompanhada por uma estrutura em pedra que a rodeava para, em caso de terramoto, as pedras caírem para a rua, de modo a provocar danos menores no interior dos edifícios, em clara aplicação da teoria da “gaiola” desenvolvida na Casa do Risco. São erguidas na praça do Comércio as arcarias, em torno dos edifícios, para realçar, dignificar e enobrecer o arco triunfal da rua Augusta. O desenvolvimento desta prática marca o perfil urbano da cidade à época, tornando-se um modelo a nível mundial. São também da sua autoria os edifícios da rua do Arsenal, da Alfândega, do Terreiro do Trigo, da Fábrica do Tabaco, da Ribeira das Naus, do Tribunal da Inquisição, da Cadeia da Relação do Porto e o Mosteiro de S. Bento da Saúde - atual Assembleia da República. Segundo o arquiteto Porfírio Pardal Monteiro, é um dos percursores do urbanismo e da arquitetura moderna portugueses, por ter emprestado características à cidade de Lisboa que estão simbolizadas nos traços de sobriedade, uniformidade, economia e linearidade, apoiadas numa programação utilitária e racional. É também o grande responsável pela conceção da estátua equestre de D. José I, no Terreiro do Paço, que funciona como símbolo do Estado iluminista de Marquês de Pombal. Só mais tarde, acaba por ser colocada uma escultura da autoria de Joaquim Machado de Castro. Casa com a filha do arquiteto Manuel da Costa Negreiros, de quem tem duas filhas e um filho. José Manuel de Carvalho e Negreiros, seu filho, conclui os estudos com o pai, tornando-se também arquiteto e engenheiro militar. Depois de ter estado envolvido em obras de destaque nacional, acaba por ficar um pouco esquecido, sendo apenas mencionado em breves referências. Só a partir dos finais do século XX, se volta a recuperar a sua devida importância para a história da reconstrução da cidade de Lisboa. Morre a 5 de agosto, de 1760.
Lugares:
Lisboa
Aljubarrtota
Estemoz
Porto
Évora
Caldas da Rainha
Funções, ocupações e actividades:
Arquiteto
Engenheiro militar
Mandatos/fontes de autoridade:
Carta de mercê da propriedade do ofício de arquiteto (1750)
Identificador(es) da instituição:
PT/AMLSB
Regras e/ou convenções:
ISAAR (CPF) - Norma Internacional de Registo de Autoridade Arquivística para Pessoas Coletivas, Pessoas Singulares e Famílias: adotada pelo Comité de Normas de Descrição, Camberra: Australia, 27-30 de outubro de 2003. Conselho Internacional de Arquivos.
ODA - Orientações para a Descrição Arquivística: Grupo de Trabalho de Normalização da Descrição em Arquivo. Lisboa: Direção Geral de Arquivos, 2011.
NP 405-1:1994 - Informação e Documentação. Referências bibliográficas: documentos impressos: Comissão Técnica 7. Lisboa: Instituto Português da Qualidade, 1994.
Línguas e escritas:
Português
Fontes:
EUGÉNIO DOS SANTOS in Artigos de apoio Infopédia. [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2017. [Consultado em 2017-04-18]. Disponível na Internet: https://www.infopedia.pt/$eugenio-dos-santos
PEDREIRINHO, José Manuel - Dicionário dos arquitectos activos em Portugal do século I à actualidade. Porto: Afrontamento, 1994.
PEREIRA, José Fernandes (dir.) - Dicionário da arte barroca em Portugal. Lisboa: Presença, 1989. ISBN 972-23-1088-7.
RIBEIRO, Maria de Lurdes - Eugénio dos Santos e o estatuto do Arquitecto da Cidade. [Em linha]. In Cadernos do Arquivo Municipal. 1ª série, nº 1. Lisboa: Câmara Municipal, 1997. [Consultado em 2017-04-18]. Disponível na Internet: http://arquivomunicipal.cm-lisboa.pt/fotos/editor2/Cadernos/11.pdft
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