Plano de classificação

[Reportagem do Convento de São Pedro de Alcântara]Data(s):2014-09-24 a 2015-02-12Nível de descrição:Documento composto - FotografiaDimensão e suporte:Dimensão: 22Autor(es):Vicente, José. 1977- , fotógrafoÂmbito e conteúdo:O Convento de São Pedro de Alcântara pode também ser designado por Convento de São Pedro de Alcântara de Lisboa e Convento dos Arrábidos. O Convento era masculino, pertencia à Ordem dos Frades Menores, e à Província da Arrábida. A Província da Arrábida teve início, em 1539, numa ermida aberta ao culto, onde se venerava a imagem conhecida por Nossa Senhora da Arrábida, situada na serra da Arrábida. A sede da Província teve lugar inicialmente na Arrábida, depois no Convento de São Pedro de Alcântara em Lisboa e, finalmente, no Convento de Nossa Senhora e Santo António de Mafra. Em 1672, foi fundado o Convento São Pedro de Alcântara em Lisboa, por Dom António Luís de Menezes, 1º Marquês de Marialva em cumprimento da promessa feita de erigir um convento consagrado ao santo caso os portugueses vencessem a Batalha de Montes Claros durante a Guerra da Restauração. O convento foi edificado numas casas próximas da jesuíta Casa de São Roque, deixadas para o efeito por Marcos Rodrigues Tinoco, secretário da Mesa da Consciência e Ordens. Nos anos subsequentes, a compra das diversas casas em torno desta permitiu aos religiosos terem a posse de todo um quarteirão, onde construíram um convento inicialmente com cerca de vinte celas, cuja autoria é atribuída ao arquiteto João Antunes. Em 1685, instalaram-se cerca de 40 religiosos no convento. Em 1833 o convento foi secularizado e o edifício entregue à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa que aí instalou um recolhimento de órfãs. Os religiosos foram distribuídos pelos conventos de São José de Ribamar, Santa Catarina, Nossa Senhora da Boa Viagem, Nossa Senhora da Piedade do Monte da Caparica, Nossa Senhora dos Prazeres de Palhais e de Alferrara. A entrada para a Igreja, dá acesso simultâneo às Casas do Convento e à Capela dos Lencastres, edificada neste conjunto mais tardiamente, entre 1686 e 1692. A igreja foi aberta ao culto em 1685. É uma igreja de nave única, iluminada por grandes janelões e predominantemente barroca, com talha dourada e azulejos setecentistas. Destacam-se os frescos do teto e a tela original de Quillard, representando "A Coroação de Nossa Senhora pela Santíssima Trindade". Na área que engloba a igreja e o convento foi constituída em necrópole de pessoas ilustres, entre as quais Manuel da Maia, sepultado na Casa do Capítulo. As principais dependências do edifício mantiveram-se em construção ao longo das décadas seguintes, procedeu-se ao aumento da igreja com a construção da capela-mor, sala do capítulo, refeitório e dormitórios. Com o terramoto de 1755, o convento ficou arruinado e sofreu profundas obras de restauro e reedificação ao longo do restante século XVIII. O convento foi extinto por decreto de 31 de dezembro de 1833 e cedido à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, sua proprietária desde então, que aí instala um recolhimento. Em 1943 passou a ser administrado, em acordo de cooperação, pelas Irmãs da Província Portuguesa da Congregação da Apresentação de Maria. Atualmente designa-se Instituto de São Pedro de Alcântara. Este imóvel está classificado como conjunto de interesse público.Idioma(s):PortuguêsUnidades de descrição relacionadas:Cód. referência: PT/AMLSB/CMLSBAH/COPA/001/20059Título: 25501Notas:Reportagem realizada no âmbito do projeto - LxConventos: da Cidade Sacra à Cidade Laica. A extinção das ordens religiosas e as dinâmicas de transformação urbana na Lisboa do século XIX. Projeto financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (PTDC/CPC-HAT/4703/2012). Este projeto tem como Instituição Proponente o Instituto de História de Arte, da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, da Universidade Nova de Lisboa, que decorreu entre Maio de 2013 e Abril de 2015.Morada:Local: São Pedro de Alcântara (rua, Misericórdia, Lisboa, Portugal)Nº de polícia: 85Arquivo:AFCódigo de referência:PT/AMLSB/CMLSBAH/PCSP/004/LPC/041