Plano de classificação

Sociedade dos Recreatórios Post-EscolaresData(s):1912-1928Nível de descrição:FundoDimensão e suporte:Dimensão: 1 caixa (2 livros) (0,10 m.l.)Suporte: PapelNome(s) do(s) produtor(es) e história administrativa/biográfica:Nome(s) do(s) produtor(es): Sociedade dos Recreatórios Post-Escolares. 1912-[1928]História administrativa/biográfica: A Sociedade dos Recreatórios Post-Escolares (SRPE) foi uma instituição de beneficência e ensino fundada em 1912, em Lisboa, por iniciativa da professora Aurélia de Miranda. De cariz social e educativo, a sociedade estabeleceu como objetivo, após cinco anos de funcionamento, dedicar-se a completar a formação de raparigas dos 11 aos 20 anos, que apenas tivessem feito exame do 1.º ou 2.º grau do ensino primário. A organização de cursos profissionais, direcionados para crianças e jovens do sexo feminino, pretendia capacitá-las para um trabalho ou profissão que as ajudasse a sustentar-se, se fosse caso disso, ou lhes permitisse apoiar financeiramente quem o fizesse por si. A formação era gratuita e as aulas eram lecionadas aos domingos, das 13 às 18 horas, onde se ministrava o ensino de costura, bordados e rendas, bem como de desenho, português, canto coral e arte de dizer. O 1.º recreatório foi estabelecido na Escola Central n.º 1, contando com a presença de Lucrécia de Arriaga (Primeira-dama de Portugal, esposa de Manuel de Arriaga, o primeiro Presidente da República Portuguesa) na cerimónia de inauguração, e o 2.º recreatório foi instalado na Escola Central n.º 18, ambos localizados em Lisboa. Em 1914, a SRPE federou-se no Conselho Nacional das Mulheres Portugueses (CNMP), sendo as suas representantes Otília Simões (delegada efetiva) e Adelaide Perestrelo (delegada suplente). Igualmente associadas a este projeto estiveram as professoras Adelaide Ferreira de Carvalho e Persina Vasconcelos, ambas conhecidas pela sua militância republicana e feminista, bem como algumas figuras da administração local e central, que participavam nas iniciativas da associação. Em 1917, na festa do 5.º aniversário da sociedade, esteve presente o Presidente da República Bernardino Machado. Nos círculos feministas, os recreatórios eram descritos como uma «obra de alta moralidade», «das mais belas e das mais úteis para a educação do povo português». A perspetiva da formação profissional e doméstica de crianças e jovens esteve na base da fundação desta instituição, reconhecendo a importância do trabalho feminino em contextos sociais desfavorecidos, mas também eram valorizadas as competências laborais que pudessem ser desempenhadas em casa. A Sociedade dos Recreatórios Post-Escolares manteve-se ativa até finais da década de 1930, desconhecendo-se a data exata da sua extinção.História custodial e arquivística:Desconhece-se a história custodial e arquivística da documentação, até ao seu ingresso no Arquivo Municipal de Lisboa.Âmbito e conteúdo:Documentação produzida entre 1912 e 1928, que reflete a atividade deliberativa, a constituição, organização e regulamentação da Sociedade dos Recreatórios Post-Escolares. Contém livros de atas de sessões da Direção (Secção Pedagógica).Condições de reprodução:Reprodução para exposição, publicação e utilização comercial mediante autorização do Arquivo Municipal de Lisboa.Arquivo:AHCódigo de referência:PT/AMLSB/SRPE