Plano de classificação

Tipo de entidade:Pessoa singularFilipe III. 1605-1665, rei de PortugalOutras formas do nome:Filipe IV, rei de EspanhaO GrandeO GordoO Rei PlanetaData(s):1605-04-08 (nascimento)1621-1640 (reinado em Portugal)1621-1665 (reinado em Espanha)1615 (casamento com Isabel de Bourbon)1621 (tomada de posse da Junta de Governadores)1635 (tomada de posse da duquesa de Mântua como vice-rainha)1640 (Restauração da Independência)1649 (casamento com Mariana de Áustria)1665-09-17 (morte)História:D. Filipe III de Portugal nasceu a 8 de abril de 1605, em Valladolid. É filho de D. Filipe II de Portugal e de D. Margarida de Áustria. Em Portugal o seu reinado vai durar dezanove anos (1621-1640), mas não foi pacífico. Ficou conhecido como o Gordo, o Grande ou o Rei Planeta. D. Filipe III casou duas vezes, a primeira, com Isabel de Bourbon, princesa de França, em Bordéus a 25 de novembro de 1615; em segundas núpcias com Maria Ana de Habsburgo, arquiduquesa de Áustria, em 7 de outubro de 1649. Confiou o governo a Baltasar Zúñiga, embaixador de seu pai. Com o falecimento deste, o rei chamou o sobrinho, Gaspar Felipe de Guzmán, conde de Olivares e duque de Sanlúcar la Mayor. Como primeiro-ministro e, verificando-se um certo declínio do poder espanhol - entre convulsões políticas e militares tanto internas como externas -, implementou um vasto plano de reformas com objetivos claros de centralização do poder a nível interno e de fortalecimento das redes diplomáticas a nível externo. O conde de Olivares implementou uma gestão política férrea, desde logo oprimindo o povo com impostos que criou em várias parte do reino, com efeito nas revoltas sociais da Catalunha e de Portugal. Em Portugal após a aclamação do rei D. Filipe III a 18 de abril de 1621, a Câmara de Lisboa recebeu a comunicação de que o cargo de vice-rei de Portugal vai ser substituído por uma Junta de Governadores: a saber, D. Martim Afonso de Mexia, bispo de Coimbra; D. Diogo de Castro, conde de Basto e presidente do Desembargo do Paço; D. Nuno Álvares de Portugal, antigo presidente da Câmara de Lisboa. Quando a duquesa de Mântua, Margarida de Sabóia, prima do rei, chega a Portugal em 23 de dezembro de 1634, para ocupar o cargo de vice-rainha, que inicia a 1 de janeiro de 1635, o contexto social e político deteriorara-se. Diogo de Vasconcelos, secretário da duquesa torna-se impopular entre os portugueses, designadamente pela carga imposta pelos tributos cada vez mais gravosos. Por exemplo, os portadores de títulos de dívida pública são forçados a um empréstimo; os tesoureiros das alfândegas retêm nos seus serviços um trimestre de juros; todos os funcionários públicos passam a pagar uma taxa fixa no momento da nomeação para o cargo, chegando a ascender a metade do salário anual; o monopólio do sal passa a estar sobre o domínio do Estado; cria-se um novo imposto, o real da água, que já tinha existido no passado; aumenta-se a sisa em 25%. Entre 1638 e 1639 verificou-se um recrutamento exaustivo de forças militares, quer de infantaria quer de cavalaria, para a defesa de diversas praças internacionais espanholas. Em Évora iniciam-se violentos tumultos, que rapidamente se disseminam por todo o país. Esta situação, aliada à carga fiscal e às condições precárias de vida, originaram algumas revoltas, como é o caso do Motim das Maçarocas (1629), do Levantamento do Arcozelo (1635), ou ainda da Revolta do Manuelinho (1637). Estas revoltas e a generalização de movimentos propagaram-se do Minho ao Algarve pelo que, em 1640, a restauração da independência dá-se através de um golpe palaciano organizado maioritariamente por aristocratas descontentes, com largo apoio do povo, ficando conhecidos como os Conjurados, grupo constituído por aproximadamente quarenta homens da nobreza tradicional portuguesa. Grande impulsionador da conspiração, João Pinto Ribeiro, invade com os Conjurados, a 1 de dezembro de 1640, o palácio da duquesa de Mântua, matando Miguel de Vasconcelos, secretário de Estado. Ao mesmo tempo que a província da Catalunha levantava armas contra a tirania de Filipe IV, D. João, duque de Bragança, era proclamado rei de Portugal. Morreu a 17 de setembro de 1665, em Valladolid. Portugal já havia iniciado a quarta dinastia com a subida ao trono de D. João IV.Lugares:ValladolidNavalcarneroMadridBourdéusFunções, ocupações e actividades:Rei de PortugalRei de EspanhaMandatos/fontes de autoridade:Aclamado rei de Portugal nas Cortes de Lisboa (1621-04-18)Aclamações e Cortes - PT/TT/ACRT Identificador(es) da instituição:PT/AMLSBRegras e/ou convenções:ISAAR(CPF)PORTUGAL. Direcção-Geral de Arquivos. Grupo de Trabalho de Normalização da Descrição em Arquivo - Orientações para a descrição arquivística. 2ª v. Lisboa: DGARQ, 2007. ISBN 978-972-8107-91-8.NP 405-1. 1994, Informação e Documentação - Referências bibliográficas: documentos impressos. Lisboa: IPQ.Línguas e escritas:PortuguêsFontes:OLIVEIRA, António - D. Filipe III. [Lisboa]: Círculo de Leitores, 2005. ISBN 972-42-3639-8.MATOS, Artur Teodoro ; COSTA, João Paulo Oliveira e ; CARNEIRO, Roberto - Cronologia da monarquia portuguesa. [Lisboa]: Círculo de Leitores, 2012. ISBN 978-972-42-4823-3.SOUSA, João Silva de - Reis, rainhas e presidentes de Portugal: D. Filipe III. O portal da História: História de Portugal. [Em linha]. 2000-2015. [Consultado em 2015-12-10]. Disponível em http://www.arqnet.pt/portal/portugal/temashistoria/filipe3.html D. Filipe IV (III de Portugal) in Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2017. [Consultado em 2015-12-16]. Disponível em http://www.infopedia.pt/$d.filipe-iv-(iii-de-portugal)