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Tipo de entidade:
Pessoa singular
Brazão, Eduardo. 1851-1925, ator
Outras formas do nome:
Eduardo Joaquim Brazão
Data(s):
1851 (nascimento)
1867 (estreia no Teatro Baquet)
1870-1871 (digressão no Brasil, na companhia de Furtado Coelho)
1871 (assinatura de contrato com a Empresa Santos & C.ª)
1876 (digressão no Brasil, na companhia de Isménia dos Santos)
1877-1880 (formação da empresa Biester, Brazão & Cª e exploração do Teatro Nacional D. Maria II)
1893-1898 (formação da empresa Brazão, Rosas & Cª e exploração do Teatro Nacional D. Maria II)
1898 (início da exploração do Teatro D. Amélia pela empresa Brazão, Rosas & Cª)
1905-1910 (integra o Teatro Nacional D. Maria II)
1921 (última digressão no Brasil)
1924 (última atuação no Teatro São Carlos)
História:
Eduardo Brazão nasceu na Costa do Castelo, Lisboa, a 6 de fevereiro de 1851 e faleceu na mesma cidade a 29 de maio de 1925. Enveredou, primeiro, por uma carreira na Marinha, mas rapidamente compreendeu que a sua verdadeira vocação era representar. Estreou-se, em 1867, numa companhia gerida por César de Lima, no Teatro Baquet do Porto, e no mesmo ano, a convite de Francisco Palha, integrou a companhia que inaugurou o Teatro da Trindade. Em 1870 Brazão foi contratado por Furtado Coelho para realizar aquela que foi a sua primeira digressão ao Brasil. No seu regresso a Portugal, em 1871, assinou contrato com a Empresa Santos & Cª por dois anos. Aquando da morte da sua mãe, Eduardo Brazão ficou responsável pelos seus sete irmãos, todos mais novos, visto que o seu pai havia falecido anos antes. Esta enorme responsabilidade, com implicações financeiras levou-o a fazer uma nova digressão pelo Brasil, em setembro de 1876, com Joaquim de Almeida, integrando a companhia de Isménia dos Santos. Estas digressões internacionais, bem como digressões pela província, repetiram-se várias vezes até 1921, ano da sua última visita ao Brasil. Após abandonar o Teatro Nacional, Brazão foi para o Teatro do Ginásio, onde teve o seu primeiro grande êxito desempenhando, em 1876. Esta época no Ginásio é referida pelo próprio Brazão, nas suas memórias, como um importante período na sua carreira, uma vez que coincidiu com o seu crescimento enquanto ator aprendendo a construir papéis mais complexos e exigentes e desenvolvendo um método de trabalho assente no estudo, como ele próprio revelou. Este método de trabalho contribuía, em muito, para o tempo de preparação de que Brazão necessitava para desempenhar os seus papéis mais complexos, tendo demorado dois anos a preparar-se para a representação de Hamlet e Otelo, o que levou a crítica o considerá-lo como um artista que aliava o estudo ao talento. Quando findou o seu contrato com a Empresa Santos & Cª, Brazão juntou-se ao dramaturgo Ernesto Biester e a D. João de Menezes para formarem a empresa Biester, Brazão & Cª, de forma a concorrerem à exploração do Teatro Nacional D. Maria II, onde se instalaram de 1877 a 1880. Em junho de 1879 Brazão realizou a sua terceira digressão pelo Brasil. Quando regressou a Lisboa, integrou a nova gerência do Teatro Nacional D. Maria II, sob a designação Brazão, Rosas & Cª. Quando terminou o contrato com esta empresa foi realizado um novo, desta vez apenas com Eduardo Brazão e João e Augusto Rosa à cabeça, formando, assim, a Rosas & Brazão, companhia que explorou o Teatro Nacional de 1893 a 1898, ano em que abandonaram o Teatro Nacional e se instalaram no Teatro D. Amélia. Desavenças internas na companhia levaram à saída de Brazão do D. Amélia e, em 1905, apresentou-se de novo no Teatro Nacional, onde se manteve até 1910. Representou, depois, no Teatro do Príncipe Real, durante um curto período, voltando, de seguida, a integrar o elenco do Teatro D. Amélia (então República). Foi-lhe diagnosticado, em 1917, um cancro na laringe, do qual recuperou, embora a doença ameaçasse um afastamento definitivo dos palcos, visto que a operação necessária à sua recuperação poderia danificar-lhe severamente as cordas vocais. Contudo, entre 1917 e 1923, Brazão fez várias aparições em palcos. O inevitável afastamento dos palcos, por motivos de doença, chegou a 20 de novembro de 1924, no Teatro S. Carlos. Eduardo Brazão assinou algumas traduções para teatro e foi ator em filmes realizados por Júlio Costa, M. Mariaud, e R. Lion. Como ator de teatro foi um dos mais prestigiados, versáteis e populares do seu tempo.
Lugares:
Lisboa
Porto
Brasil
Identificador(es) da instituição:
PT/AMLSB
Regras e/ou convenções:
ISAAR (CPF) - Norma Internacional de Registo de Autoridade Arquivística para Pessoas Coletivas, Pessoas Singulares e Famílias: adotada pelo Comité de Normas de Descrição, Camberra: Australia, 27-30 de outubro de 2003. Conselho Internacional de Arquivos.
ODA - Orientações para a Descrição Arquivística: Grupo de Trabalho de Normalização da Descrição em Arquivo. Lisboa: Direção Geral de Arquivos, 2011.
Línguas e escritas:
Português
Fontes:
http://cvc.instituto-camoes.pt/teatro-em-portugal-pessoas/eduardo-brazao-dp8.html#.XqmHb6hKiMo
Registos adjacentes
- Cayolla, Henrique. 1939-, fotógrafo
- Lessing, Erich.1923-2018 fotógrafo
- Sousa, Joaquim Augusto de. 1854-1905, fotógrafo
- Sequeira, Bruno. 1966-, fotógrafo
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