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Tipo de entidade:
Pessoa singular
Catarina de Áustria. 1507-1578, rainha consorte do rei D. João III
Outras formas do nome:
Catarina de Habsburgo
Catarina de Espanha
Data(s):
1507-01-14 (nascimento)
1557-1562 (D. Catarina torna-se regente do reino)
1509 (D. Joana, é confinada a Tordesilhas, juntamente com a filha D. Catarina)
1517 (Carlos V visita Espanha e conhece a irmã D. Catarina)
1525 (D. Catarina deixa Tordesilhas; entrada real em Portugal e casamento em Estremoz)
1527 (entrada real em Lisboa)
1531 (terramoto em Lisboa, familia real transfere-se para Évora)
1554 (morte inesperada de D. João III)
1562 (convocam-se Cortes, a rainha renuncia à regência a favor do cardeal-rei)
1563 (Papa Pio IV oferece uma Rosa de Ouro a D. Catarina)
1569 (D. Catarina dá início à reconstrução da capela-mor do mosteiro dos Jerónimos, concluído em 1571)
1569 (surto de peste em Lisboa, D. Catarina vai residir para Santarém e para o Alvito)
1571 (D. Catarina tenta recolher-se num convento em Espanha, por contenda e desacordos com a Corte e com D. Sebastião)
1572 (permanência em Portugal de D. Catarina, devido a muitas cartas e pedidos do governo e da Corte)
1578 (D. Sebastião morre em Alcácer Quibir)
1578-02-06 (morte)
História:
D. Catarina de Áustria nasce em Espanha, na cidade de Torquemada, a 14 de janeiro, de 1507. É filha de Joana, rainha de Castela, Leão e Aragão, e de Filipe I, rei consorte de Castela e Leão. Teve cinco irmãos, de entre os quais o imperador Carlos V. Durante os seus primeiros anos de vida, os tempos eram de profunda incerteza política. O seu pai morre no ano anterior ao seu nascimento, e a sua mãe, D. Joana, que ficou conhecida como A Louca, é encarcerada, em 1509, no paço régio de Tordesilhas, às ordens do rei Fernando, o Católico. D. Catarina vai partilhar o cativeiro com a mãe, fazendo a sua formação confinada ao Paço. Em 1518, ocorre um episódio que lhe altera significativamente a vida - é libertada pelo seu irmão, o imperador Carlo V que, embora não autorize a sua saída de Tordesilhas, lhe providencia condições de vida mais abonatórias. Dado o histórico de diferendos diplomáticos entre Castela e Portugal, Carlos V encarrega-se de atribuir um papel politicamente ativo à sua irmã, neste caso, para estabilizar as relações ibéricas. Assim, autoriza o casamento da irmã com D. João III, rei de Portugal, casando-se ele próprio com Isabel, filha de D. Manuel I. O casamento de D. Catarina com D. João III dá-se em 1525. Nesta altura, grande parte da população de Lisboa padecia de peste, sendo que o próprio rigor invernoso não permitiu que o recente casal real chegasse mais cedo à cidade. Segundo documentação da biblioteca da Ajuda, a festa da entrada régia registou a sua ocorrência no dia 24 de janeiro, depois de uma travessia do respetivo séquito em pequenos batéis, entre Alcochete e Lisboa, assistindo-se a grandes honras à nova rainha quer em mar como em terra. Com um temperamento vigoroso e dotada de uma inteligência pouco vulgar, exerceu forte influência nos negócios portugueses internos e externos, sendo admitida em todos os conselhos de Estado, uma honra conferida apenas excecionalmente. A morte de D. João III, em 1557, fez com que a sucessão transitasse para o neto, D. Sebastião. Note-se que o casal real teve nove filhos, mas todos faleceram ainda em vida do rei D. João III. Nesta medida, D. Catarina assume a regência do reino durante a menoridade do neto, convocando o cardeal D. Henrique para seu conselheiro. Mostrou-se permanentemente atenta com a educação do neto, procurando chamar à Corte os melhores mestres para formarem um príncipe digno do trono e das virtudes associadas a um responsável máximo de Estado. Nos assuntos externos, focalizou o seu empenhamento na conservação da conquista de territórios orientais, ordenando o envio de armada com o objetivo não só de mantê-los sob a alçada portuguesa, mas também para os submeter às leis do reino. No Norte de África, continuavam as tentativas de expulsão dos portugueses, cuja posse territorial era vista como uma afronta. Neste sentido, o rei de Marrocos veio a estabelecer cerco em Mazagão com um exército numeroso. A praça marroquina foi defendida pelo capitão Rui de Sousa que, depois do apoio militar concedido pela rainha, conseguiu finalmente repelir a ameaça. Relativamente à política administrativa interna, a rainha regente mostrou-se pragmática, atuando com prudência, ao escolher como ministros personalidades ativas e desinteressadas, como foi o caso de Gil Eanes. Tinha por hábito premiar os beneméritos, promovendo, por exemplo, na mitra primacial de Braga, D. Frei Bartolomeu dos Mártires. Fundou em Lisboa, em 1519, o Colégio dos Meninos Órfãos, dotando-o de mestres para que educassem e instruíssem os órfãos. Mandou também construir os mosteiros do Vale Bem-feito, da ordem de São Jerónimo, de Pedrogão dos Dominicanos, e a igreja de Santa Catarina, entre outros. Enlevada pelo sucesso da sua política regencial manda, por carta de 11 de agosto, de 1560, que todos os estudantes portugueses das universidades de Paris, Lovaina e Salamanca, regressassem para estudar na Universidade de Coimbra, o que seria uma grande demonstração de respeito pela memória de D. João III. Consegue junto do Papa, a elevação da igreja de Santa Catarina de Goa a arcebispado, e a criação dos bispados de Santa Cruz, Cochim, Assunção e Malaca. Em 1560, agastada pela continuidade do esforço exigido pela regência, tenta transferir este papel para o cardeal D. Henrique, mas as manifestações em prol da sua continuidade revelam-se frutíferas, continuando a assumir esse encargo por mais dois anos. Posto isto, retira-se em 1562, passando a regência para o cardeal. Contam-se algumas divergências com o neto, o infante D. Sebastião, principalmente por este demonstrar, desde muito cedo, um certo fascínio das artes bélicas do espírito de cavalaria. Acaba por se retirar para o convento de Xabregas, onde vem a falecer a 6 de fevereiro, de 1578, apenas alguns meses antes de D. Sebastião desaparecer na batalha de Alcácer-Quibir.
Lugares:
Torquemada
Tordesilhas
Estremoz
Lisboa
Évora
Santarém
Funções, ocupações e actividades:
Rainha de Portugal
Regente do reino
Mandatos/fontes de autoridade:
Regente do reino (1557-1562)
Identificador(es) da instituição:
PT/AMLSB
Regras e/ou convenções:
ISAAR (CPF) - Norma Internacional de Registo de Autoridade Arquivística para Pessoas Coletivas, Pessoas Singulares e Famílias: adotada pelo Comité de Normas de Descrição, Camberra: Australia, 27-30 de outubro de 2003. Conselho Internacional de Arquivos.
ODA - Orientações para a Descrição Arquivística: Grupo de Trabalho de Normalização da Descrição em Arquivo. Lisboa: Direção Geral de Arquivos, 2011.
NP 405-1:1994 - Informação e Documentação. Referências bibliográficas: documentos impressos: Comissão Técnica 7. Lisboa: Instituto Português da Qualidade, 1994.
Línguas e escritas:
Português
Fontes:
AMARAL, Manuel - Portugal - Dicionário Histórico, Corográfico, Heráldico, Biográfico, Bibliográfico, Numismático e Artístico. [Em linha]. 2000-2012. [Consultado em 2016-11-07]. Disponível em http://www.aqnet.pt/dicionario/catarinarainha.html .
JORDEN, Annemarie - A rainha colecionadora: Catarina de Áustria. Lisboa: Círculo de Leitores, 2012. ISBN 978-972-42-4711-3.
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