Plano de classificação

Tipo de entidade:Pessoa singularColaço, Amélia Rey. 1898-1990, atrizOutras formas do nome:Amélia Lafourcade Schmidt Rey Colaço de Robles MonteiroData(s):1898-03-02 - 1990-07-08 (nascimento e morte)1917-11-17 (estreia como atriz no Teatro República)1921 (criação da Companhia Rey Colaço - Robles Monteiro)1923 (participação no filme "O Primo Basílio") 1929-12-30 (estreia da Companhia Rey Colaço - Robles Monteiro no Teatro Nacional Dona Maria II )1933 (condecoração com título de Comendador da Ordem da Instrução Pública)1958 (morte de Robles Monteiro)1961 (condecoração com o título de Comendador da Ordem de Sant'Iago da Espada)1967 (agraciamento com o título de Comendador da Ordem de Cristo)1971 (condecoração, pelo governo francês, com título de Cavaleiro da Ordem das Artes e das Letras)1974 (extinção da Companhia Rey Colaço - Robles Monteiro)1978 (agraciamento com o título de Grande-Oficial da Ordem de Sant'Iago da Espada)1982 (participação na série televisiva "Gente fina é outra coisa")1985 (despedida dos palcos, no Cine-Teatro Crisfal, em Portalegre)História:Amélia Schmidt Lafourcade Rey Colaço Robles Monteiro nasceu em Lisboa, na freguesia de Santos-o-Velho, a 2 de março de 1898 e faleceu na mesma cidade a 8 de julho de 1990. Filha do pianista, compositor e professor Alexandre Jorge Maria Idalécio Raimundo Rey Colaço (1854-1928) e de Alice Schimdt Constant Lafourcade (1865-1938), e teve três irmãs: Jeanne Schmidt Lafourcade Rey Colaço de Castro Freire, Alice Schmidt Lafourcade Rey Colaço Menano e Maria Adalgisa Schmidt Lafourcade Rey Colaço. Casou em 1920 com Felisberto Manuel Teles Jordão Robles Monteiro (1888-1958) e tiveram uma filha, a atriz Mariana Dolores Rey Colaço Robles Monteiro (1922-2010). Cresceu num ambiente familiar privilegiado e culturalmente rico, no seio da elite intelectual e artística da época, sendo a sua formação orientada para o ensino artístico na área da música. Enquanto estudante, foi para Berlim, para a casa de sua avó, e aqui encontrou um ambiente cultural muito estimulante pois a avó, Madame Kirsinger, era anfitriã de um salão literário. Nesta cidade, no Deutches Theatre, assistiu a espetáculos do produtor e diretor de teatro Max Reinhardt (1873-1943) que influenciaram a sua decisão de ser atriz. De regresso a Portugal, frequentou aulas sobre a arte de representar com o ator Augusto Rosa (1852-1919). A sua atividade como atriz teve início em 1917, no Teatro República (atualmente designado por São Luiz Teatro Municipal), na peça “Marinela”, de Peres Galdós. Já o seu último espetáculo ocorreu em 1985, quando interpretou a personagem Dona Catarina, na peça de José Régio intitulada "El Rei D. Sebastião". Na sua carreira registaram-se vários êxitos entre os quais se podem destacar representações em peças como “Salomé”, “Outono em Flor”, “Um Marido Ideal”, “Romeu e Julieta”, “A Visita da Velha Senhora”, “As Árvores Morrem de Pé”, entre outras. Para além do teatro, participou nos filmes “O Primo Basílio” e “Os velhos”. Contracenou com a sua filha Mariana na série humorística "Gente fina é outra coisa", apresentada no canal 1, da Rádio Televisão Portuguesa. Em 1921, fundou a Companhia Rey Colaço - Robles Monteiro, juntamente com o marido, sediando-a no Teatro Nacional São Carlos, no Politeama e no Teatro Nacional Dona Maria II, entre outros. Manteve a companhia durante 53 anos, extinguindo-a em 1974. O trabalho que desenvolveu na Companhia consistia principalmente na seleção das peças a exibir em palco optando muitas vezes por autores portugueses como António Ferreira, José Régio, Alfredo Cortez, Virgínia Vitorino, Carlos Selvagem, Romeu Correia, Bernardo Santareno, Luís de Stau Monteiro, Gil Vicente, Camões e Eça de Queirós. Quanto aos estrangeiros, selecionou autores franceses, como Moliére, e espanhóis, entre os quais se podem salientar Frederico Garcia Lorca e Valle Inchán. Entre os autores americanos e ingleses selecionou nomes como Tennessee Williams, Arthur Miller e Shakespeare. Ainda na Companhia, montava os espetáculos, idealizava guarda-roupas, convidava artistas conceituados como Almada Negreiros e Raul Lino, para desenhar os espetáculos, bem como atores prestigiados e do agrado do público. Em Portugal foi agraciada com a Comenda da Ordem da Instrução Pública, com a Comenda da Ordem de Cristo e com a Comenda e o Grande Oficialato da Ordem de Sant'Iago da Espada. O governo francês distinguiu-a com as insígnias de Chevalier de l'Ordre des Arts et des Lettres (Cavaleiro da Ordem das Artes e das Letras). Lugares:Lisboa BerlimPortalegreBarcelonaPortoMadeiraAçoresBrasilFunções, ocupações e actividades:AtrizEncenadoraEmpresáriaIdentificador(es) da instituição:PT/AMLSBRegras e/ou convenções:ISAAR(CPF)PORTUGAL. Direcção-Geral de Arquivos. Grupo de Trabalho de Normalização da Descrição em Arquivo - Orientações para a descrição arquivística. 2ª v. Lisboa: DGARQ, 2007. ISBN 978-972-8107-91-8.NP 405-1. 1994, Informação e Documentação - Referências bibliográficas: documentos impressos. Lisboa: IPQ.Línguas e escritas:PortuguêsFontes:Amélia Rey Colaço in Artigos de apoio Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2017. [Consultado 2017-10-04]. Disponível em https://www.infopedia.pt/apoio/artigos/$amelia-rey-colacoBARROS, Júlia Leitão de - Amélia Rey Colaço: fotobiografia. Lisboa: Círculo de Leitores, 2013.BORGES, Paulo - Cinema Português [Em linha]. [Consultado 2017-09-28]. Disponível em: http://cinemaportugues.com.pt/?tag=amelia-rey-colacoCASA DO ARTISTA - Amélia Rey Colaço [Em Linha ]. [Consultado 2017-09-28].Disponível em: http://www.casadoartista.net/tributo/amelia-rey-colaco/CENTRO VIRTUAL CAMÕES - Amélia Rey Colaço [Em linha]. [Consultado 2017-09-28]. Disponível em: http://cvc.instituto-camoes.pt/pessoas/amelia-rey-colaco.html#.WUuPPNQrLs0CENTRO NACIONAL DE CULTURA - Amélia Rey Colaço [Em linha]. [Consultado 2017-09-27]. 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Disponível em: http://www.tndm.pt/pt/biblioteca-arquivo/colecoes-digitalizadas/