Plano de classificação

Parque Eduardo VII, LisboaData(s):[1945]-1970Nível de descrição:SérieDimensão e suporte:Dimensão: 20 pastas, 3 álbuns, 3 rolos: 5 documentosSuporte: CartãoSuporte: PapelSuporte: Prova em papel de revelação baritado ou sem barita com viragem ( sépia, selénio)Suporte: VegetalÂmbito e conteúdo:Documentação produzida e acumulada entre cerca de 1945 e 1970, no âmbito do projeto e construção do inicialmente designado parque da Liberdade, que adquiriu o nome de parque Eduardo VII em 1903, em homenagem ao rei de Inglaterra, que visitara Lisboa no ano anterior. Em 1887, o engenheiro Frederico Ressano Garcia, que teve um papel decisivo no crescimento e renovação urbana de Lisboa nessa época, propõe um concurso internacional para a construção do parque da Liberdade, nos terrenos situados no prolongamento da avenida da Liberdade. Contudo, depois de inúmeras polémicas e projetos pelo meio, esta intenção apenas começa a materializar-se em 1929, com o início da construção do grande lago, que se integra nas obras com vista à instalação da estufa-fria nesse espaço. Também é deste período o projeto de Jean-Claude Nicolas Forrestier para o prolongamento da avenida e a construção de um grande parque, com início junto à rotunda Marquês de Pombal, que Cristino da Silva concretiza, apresentando-o em 1930, mas que, por via da sua interrupção, praticamente ficará apenas pela abertura das avenidas laterais. É neste contexto que, em 1945, Keil do Amaral, arquiteto urbanista na Direção de Serviços de Urbanização e Obras da Câmara Municipal de Lisboa, é convidado pelo respetivo presidente, Álvaro Salvação Barreto, a desenvolver o projeto definitivo do parque, aprovado no final desse ano. Com cerca de 26 hectares, o parque Eduardo VII é marcado pelo grande eixo central relvado, ornamentado com sebes de buxo e duas alamedas de árvores nas laterais, com 100 metros de comprimento, onde se evidencia a calçada portuguesa. Esta faixa central divide o parque em duas áreas com diferentes espaços e equipamentos, pontuadas por lagos e esculturas. Na margem ocidental destaca-se a estufa-fria, com o lago junto à entrada. Na parte nascente sobressai a zona do roseiral, com o lago e o bar esplanada, que se juntou ao pavilhão das Indústrias, um projeto dos arquitetos Carlos Rebelo de Andrade e Guilherme Rebelo de Andrade, construído em 1921, mais tarde rebatizado pavilhão dos Desportos e, desde 1984, pavilhão Carlos Lopes. No topo norte, encimando o conjunto, avulta o palácio da Justiça, por entre quatro colunas monumentais. A documentação contém: plano geral para o parque Eduardo VII, com a localização de edifícios públicos; estudos para o conjunto do topo norte com o palácio da Cidade; anteprojeto de arranjo da estufa-fria, botequim e roseiral; projeto da entrada do parque Eduardo VII pela praça Marquês de Pombal. Apresenta, ainda, fotografias deste parque, bem como correspondência e fotografias referentes a alguns destes equipamentos, entre outros documentos.Sistema de organização:GeográficoTipológicoCondições de acesso:Documentos microfilmados e/ou digitalizados, sendo o acesso concedido por meio desse(s) suporte(s).Condições de reprodução:Reprodução para exposição, publicação e utilização comercial mediante autorização do Arquivo Municipal de Lisboa.Existência e localização de cópias:Documentação reproduzida no Arquivo Municipal de Lisboa em suporte digital.Unidades de descrição relacionadas:Cód. referência: PT/AMLSB/CMLSBAH/PURB/002Título: Estudos e projetos urbanísticosNota de publicação:TOSTÕES, Ana - Francisco Keil do Amaral. Vila do Conde: Verso da História, 2013, p. 46-54.TOSTÕES, Ana - Keil. Arquiteto dos jardins e parques de Lisboa. A história de um trabalhador humanista. In AMARAL, Francisco Pires Keil do; MOITA, Irisalva; TOSTÕES, Ana - Keil do Amaral: o arquitecto e o humanista. Lisboa: Câmara Municipal de Lisboa, 1999, p. 84-87.TOSTÕES, Ana - Keil. Parque Eduardo VII - O parque central da cidade. In AMARAL, Francisco Pires Keil do; MOITA, Irisalva; TOSTÕES, Ana - Keil do Amaral: o arquitecto e o humanista. Lisboa: Câmara Municipal de Lisboa, 1999, p. 218-231.TOSTÕES, Ana - Monsanto, Parque Eduardo VII, Campo Grande: Keil do Amaral, arquitecto dos espaços verdes de Lisboa. Lisboa: Salamandra, 1992, p. 64-80 e 87-113.Arquivo:AHCódigo de referência:PT/AMLSB/FKA/02