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Tipo de entidade:
Pessoa singular
Ramos, Carlos. 1897-1969, arquiteto
Outras formas do nome:
Ramos, Carlos João Chambers de Oliveira
Data(s):
1897-01-15 (nascimento)
1920 (licenciatura em Arquitetura)
1927 (projeto do pavilhão de Rádio, do Instituto Português de Oncologia)
1930 (participação no I Salão dos Independentes da SNBA)
1931 (projeto do Instituto Navarro Paiva - Instituto de Reinserção Social)
1938 (primeiro prémio no 2º concurso para o monumento, em Sagres)
1941-03-04 (condecoração com o grau de Oficial da Ordem Militar de Santiago da Espada)
1946 (prémio municipal de moradia no Restelo)
1952 (projeto do estádio desportivo do Belenenses)
1952-1967 (diretor da Escola Superior de Belas Artes do Porto)
1958 (prémio Valmor, com o projeto do estádio do Belenenses)
1964 (prémo Nacional de Arte)
1964 (prémio Diário de Notícias)
1966-08-02 (condecoração com o grau de Grande-Oficial da Ordem da Instrução Pública)
1969-07-01 (falecimento)
História:
"Para conseguir ser um bom arquitecto, é necessário ter talento e interesse pelo estudo, já que nem o talento sem o estudo, nem o estudo sem o talento podem formar um bom arquitecto" Marco Vitruvio (1) Filho de pai português, Manuel de Oliveira Ramos (1862-1931) e de mãe inglesa, Inês Chambers (1870- 1961). Casado com Clarisse Ventura, natural de Olhão, filha do industrial conserveiro Cândido do Ó Ventura. Decidiu ser arquiteto depois de ter convivido e privado com Miguel Ventura Terra. Frequentou a Escola Superior de Belas Artes de Lisboa e licenciou-se em Arquitetura, em 1920. Entre 1919 e 1921, trabalhou no escritório de Ventura Terra e, em 1921, no de Raul Lino. Nota-se o realismo patente em projetos como o Pavilhão de Rádio do Instituto Português de Oncologia (1927) e o Instituto Navarro Paiva, ambos localizados em Lisboa. Em 1940, ingressou como professor de Arquitetura na Escola Superior de Belas Artes do Porto onde exerce docência até 1952, ano em que assume a direção, aí permanecendo até 1967. Exercendo uma influência determinante nas gerações de arquitetos de que foi docente e diretor, está ligado à origem da corrente designada por "Escola do Porto" onde se formaram alguns dos mais destacados arquitetos, dos quais se salientam Fernando Távora, Alcino Soutinho e Álvaro Siza Vieira. Entre 1946 e 1948, lecionou a disciplina de urbanismo na Escola de Belas Artes de Lisboa. Faz parte da primeira geração de arquitetos modernos, permitindo o desenvolvimento de um curso de arquitetura aberto à modernidade inseparável das novas tendências arquitetónicas. A sua obra evolui desde a Arte Déco até à afirmação de uma linguagem modernista, designadamente quanto à depuração e ao tratamento rigoroso dos volumes, numa aproximação à Bauhaus e a Walter Gropius. É de referir, igualmente, a amizade que estabeleceu com Almada Negreiros, Eduardo Viana e Mário Eloy. Retratando-se como membro de uma "geração de transigentes", Carlos Ramos constitui um dos pioneiros do movimento moderno na arquitetura portuguesa juntamente com Cassiano Branco, Continelli Telmo, Cristino da Silva, Jorge Segurado, Paulino Montez e Pardal Monteiro. Projetou as seguintes obras: o Bristol Club (década de 1910); o edifício da Agência Havas (1922-1921); o bairro económico de Olhão (década de 1920); asilo para idosos (1926-1928); o edifício de habitação no largo do Figueiredo, nº 1 (1927); o pavilhão de Rádio do Instituto Português de Oncologia, onde "ecoa o ensino da Bauhaus" (1927-1933); o primeiro projeto para a habitação Moreira de Almeida (1928); o conjunto industrial agrícola, na herdade da Palma, em Alcácer do Sal (1929); o liceu Júlio Henriques, atual escola secundária José Falcão, em Coimbra (1930) 1941); o monumento aos Heróis da Restauração de 1808 (1931), em Olhão; o Instituto Navarro Paiva, na rua de São Domingos de Benfica, 16 (1931); um hospital em São Brás de Alportel (em 1931, obra iniciada mas nunca concluída); o edifício da Assistência Nacional aos Tuberculosos na rua Domingos Sequeira, 24 (1932-1934); as alterações ao hospital Júlio de Matos (traçado por Leonel Gaia), na avenida do Brasil (1933); a fronteira de Galegos, em Galegos, Marvão (1938); o pavilhão da Colonização para a Exposição do Mundo Português e o Espelho de Água (lago artificial de recreio), de acordo com plano coordenado por Cottineli Telmo, Pardal Monteiro, Cristino da Silva e Reis Camelo (1940); o liceu de Viseu (liceu Alves Martins), com Adelino Nunes e Jorge Segurado (1941); o sanatório, atual hospital, Dr. João Almada, no Funchal (1941); o edifício da praça duque de Saldanha, nº 32 (construído em 1943 e demolido com o Monumental, em 1984); o antigo hospital Rovisco Pais (Leprosaria Nacional Rovisco-Pais), na Tocha, em Cantanhede, sob a iniciativa do professor Bissaya Barreto (1947-1949); o traçado da praça Marquês de Pombal. Note-se que, em 25 de novembro de 1957, assinou contrato com a edilidade lisboeta, a fim de elaborar um estudo de conjunto para a praça Marquês de Pombal e urbanização de remodelação do quarteirão definido pela mesma praça, rua Braamcamp, rua Castilho e rua Joaquim António Augusto de Aguiar; planeou vários tribunais como o de Évora, o de Sabugal e o de Mirandela (1959-1960). Embora não seja conhecido por obra teórica, proferiu numerosas conferências e discursos (alguns deles publicados) nos quais se afirma uma consciência social e política inseparável das novas tendências arquitetónicas. "(...) elege a palavra como meio privilegiado de comunicação e partilha. Homem de grande cultura geral, detentor de um rápido e ágil raciocínio e de uma escrita clara e apelativa (...)" Bárbara Coutinho (2)
Lugares:
Lisboa
Porto
Funções, ocupações e actividades:
Arquiteto
Pedagogo
Urbanista
Estruturas internas/genealogia:
Filho de Manuel Maria de Oliveira Ramos (Porto 1862-1931), professor de História na Faculdade de Letras. Pai de Carlos Manuel Ventura de Oliveira Ramos (Oeiras 1922-2012), arquiteto.
Identificador do registo de autoridade:
01313
Identificador(es) da instituição:
PT/AMLSB
Regras e/ou convenções:
ISAAR (CPF) - Norma Internacional de Registo de Autoridade Arquivística para Pessoas Coletivas, Pessoas Singulares e Famílias: adotada pelo Comité de Normas de Descrição, Camberra: Australia, 27-30 de outubro de 2003. Conselho Internacional de Arquivos.
ODA - Orientações para a Descrição Arquivística: Grupo de Trabalho de Normalização da Descrição em Arquivo. Lisboa: Direção Geral de Arquivos, 2011.
NP 405-1:1994 - Informação e Documentação. Referências bibliográficas: documentos impressos: Comissão Técnica 7. Lisboa: Instituto Português da Qualidade, 1994.
Línguas e escritas:
Português
Fontes:
(1) VITRUVIO, Marco - Los Diez Libros de Arquitectura. Barcelona: Editorial Ibéria, 1997, p.6. Tradução livre da versão espanhola. Obra citada por Bárbara Coutinho.
(2) COUTINHO, Bárbara - Carlos Ramos - Século XX - Centro Virtual Camões. [Em linha]. Instituto da Cooperação e da Língua. Camões. Portugal. Ministério dos Negócios Estrangeiros. [Consult. 2022-05-30]. Disponível em: http://cvc.instituto-camoes.pt/seculo-xx/carlos-ramos.html#.Yo5EjZAUqUk
Carlos João Chambers Ramos (Arquitecto) - Arquivo Histórico da Presidência da República - Archeevo. [Em linha]. [Consult. 2022-06-08]. Disponível em: https://www.arquivo.presidencia.pt/details?id=143943
Carlos Manuel Oliveira Ramos - Wikipédia, a enciclopédia livre. [Em linha]. [Consult. 2022-06-08]. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Carlos_Manuel_Oliveira_Ramos
Carlos Ramos. Exposição Retrospetiva da Sua Obra. História das Exposições de Arte Gubenkian. [Em linha]. Lisboa. [Consult. 2022-05-30]. Disponível em: https://gulbenkian.pt/historia-das-exposicoes/exhibitions/542/
FERNANDES, José Manuel - Carlos Ramos. Arquiteturas do s´culo XX em Portugal. [Em Linha]. Lisboa, Imprensa Nacional, Coleção Arquitetura [Consult. 2022-05-30]. Disponível em: https://imprensanacional.pt/edicoes/carlos-ramos-arquiteturas-do-seculo-xx-em-portugal/
PEDREIRINHO, José Manuel - "Ramos, Carlos João Chambers". In Dicionário dos arquitetos activos em Portugal do século I à actualidade. Porto : Afrontamento, 1994. p. 201-202.
Porto Editora - Carlos Ramos na Infopédia. [Em linha]. Porto: Porto Editora. [Consult. 2022-05-30]. Disponível em: https://www.infopedia.pt/$carlos-ramos,1
SANTOS, Lina - Como o Porto se tornou sinónimo de arquitetura. Diário de Notícias, Ócio, Artes. 2019-11-07. [Consult. em: 2022-05-30]. Disponível em: https://ocio.dn.pt/artes/como-o-porto-se-tornou-sinonimo-de-arquitetura/23440/
SILVA, Leonel Filipe Seabra Nogueira da - Carlos Ramos, arquiteto pioneiro ou transigente: da arquitectura moderna ao estilo naconalista "Português Suave". [Em linha]. Porto. RUL, Universidade Lusíada, Faculdade de Arquitectura e Artes. [Consult. em: 2022-05-19]. Disponível em: https://repositorio.ulusiada.pt/handle/11067/2131
Registos adjacentes
- Rodrigues, Carlos Alberto
- Rosa, Miguel Jacobetty. 1901-1970, arquiteto
- Ramos, Carlos Manuel Bernardo Gonçalves de Oliveira
- Rocha, Agostinho Correia Alves da
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