Plano de classificação

Parque florestal de Monsanto, LisboaData(s):[1938]-1991Nível de descrição:SérieDimensão e suporte:Dimensão: 31 pastas: 11 documentosSuporte: CartãoSuporte: Negativo de gelatina e prata em acetato de celuloseSuporte: OzalideSuporte: PapelSuporte: Prova em papel de revelação baritado ou sem barita com viragem ( sépia, selénio)Suporte: VegetalÂmbito e conteúdo:Documentação produzida e acumulada entre cerca de 1938 e 1991, relativa à atividade de Francisco Keil do Amaral, no projeto do parque florestal de Monsanto, em Lisboa. Data de 1868 a primeira referência à ideia de arborizar a serra de Monsanto, constante no relatório efetuado por Carlos Ribeiro e Nery Delgado. Os primeiros projetos para a arborização deste espaço e a construção dos respetivos equipamentos surgiram em 1926 e no ano seguinte, respetivamente, da autoria de Alberto e Eugénio Mac-Bride, e Jean-Claude Nicolas Forestier. Todavia, seria apenas a 1 de novembro de 1934, com a publicação do Decreto-lei n.º 24625, que o parque florestal de Monsanto foi criado, num processo em que a ação de Duarte Pacheco, como ministro das Obras Públicas, foi determinante. Depois de exercer este cargo entre 1932 e 1936, Duarte Pacheco seria presidente da Câmara Municipal de Lisboa, a partir de 1 de novembro de 1938 e, desde 25 de maio desse ano, em acumulação, de novo como titular da pasta ministerial das Obras Públicas. No âmbito do plano geral de urbanização e expansão de Lisboa, da autoria de Duarte Pacheco, no início de 1938, este estadista convidou Keil do Amaral a desenvolver o plano geral do parque florestal de Monsanto e dos seus equipamentos. Keil do Amaral, que desde fevereiro desse ano trabalhava como arquiteto no município de Lisboa, irá projetar o parque florestal de Monsanto e os seus equipamentos, em simultâneo com a plantação de árvores, dirigida pelo engenheiro silvicultor Joaquim Rodrigo, e o vasto e complexo programa de expropriações, a que se junta a construção de acessos e a circulação de trânsito para peões e cavaleiros, num processo que se estendeu por cinco anos, concluído em dezembro de 1943, com quase 1000 hectares, pouco depois do falecimento de Duarte Pacheco. Considerando os equipamentos projetados por Keil do Amaral, ficaram por concretizar o centro de desportos (cerca de 1940), o teatro ao ar livre e o padrão ao ar livre (1943-1949, retomado no final dos anos 50), o cemitério de Monsanto, com mausoléu de Duarte Pacheco (1948), o parque infantil do Alto da Serafina (1953) e o restaurante panorâmico (1959). A documentação contém: planta de conjunto do parque florestal de Monsanto e os respetivos desenhos dos marcos para sinalização e postes de sinalização do trânsito para cavaleiros; projetos para as casas dos guardas-florestais, casa da manobra e do reservatório de água; projeto de arranjo da casa de chá e da sua ampliação para restaurante do miradouro de Montes Claros; projeto do teatro ao ar livre e padrão-miradouro; projeto do clube de ténis; projetos dos parques infantis do Alvito e do Alto da Serafina; projeto do restaurante panorâmico; projeto do cemitério, substituído pelo parque de campismo; projetos dos pavilhões para a venda de bebidas, a construir no miradouro do Ramalho, na Cruz das Oliveiras, no parque de São Domingos de Benfica e no parque Silva Porto, em Benfica, a que se junta outro, não identificado. Apresenta, ainda, correspondência e fotografias de alguns destes equipamentos, entre outros documentos.Sistema de organização:GeográficoTipológicoCondições de acesso:Documentos microfilmados e/ou digitalizados, sendo o acesso concedido por meio desse(s) suporte(s).Condições de reprodução:Reprodução para exposição, publicação e utilização comercial mediante autorização do Arquivo Municipal de Lisboa.Existência e localização de cópias:Documentação reproduzida no Arquivo Municipal de Lisboa em suporte digital.Unidades de descrição relacionadas:Cód. referência: PT/AMLSB/CMLSBAH/GOMU/007Título: Projetos de espaços verdesCód. referência: PT/AMLSB/CMLSBAH/PURB/002Título: Estudos e projetos urbanísticosNota de publicação:TOSTÕES, Ana - Francisco Keil do Amaral. Vila do Conde: Verso da História, 2013, p. 32-45.TOSTÕES, Ana - Keil. Arquiteto dos jardins e parques de Lisboa. A história de um trabalhador humanista. In AMARAL, Francisco Pires Keil do; MOITA, Irisalva; TOSTÕES, Ana - Keil do Amaral: o arquitecto e o humanista. Lisboa: Câmara Municipal de Lisboa, 1999, p. 79-84.TOSTÕES, Ana - Monsanto, o parque florestal da cidade. In AMARAL, Francisco Pires Keil do; MOITA, Irisalva; TOSTÕES, Ana - Keil do Amaral: o arquitecto e o humanista. Lisboa: Câmara Municipal de Lisboa, 1999, p. 199-217.TOSTÕES, Ana - Monsanto, Parque Eduardo VII, Campo Grande: Keil do Amaral, arquitecto dos espaços verdes de Lisboa. Lisboa: Salamandra, 1992, p. 48-63 e 87-113.Arquivo:AHCódigo de referência:PT/AMLSB/FKA/01