Plano de classificação

Tipo de entidade:Pessoa singularTaveira, Tomás Cardoso. 1938-, arquitetoOutras formas do nome:Taveira, Tomás Cardoso Data(s):1938-11-22 (nascimento)1966 (licenciou-se na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa)1971 (docente na ESBAL)1973 (professor catedrático)1983 (prémio Valmor e prémio municipal de arquitetura de Lisboa para o conjunto habitacional da ncosta das Olaias)1986 (complexo residencial e centro comercial das Amoreiras)1994 (menção honrosa do prémio Valmor pelo edifício sede do Banco Nacional Ultramarino, hoje Caixa Geral de Depósitos)2003 (saída da Faculdade de Arquitetura)História:Filho de um agulheiro da Carris e de uma doméstica, o seu avô materno foi um dos fundadores da Carbonária. Oriundo de uma família operária e de baixos recursos, passou a sua infãncia entre a Picheleira e Alcântara. Andou na escola comercial Marquês de Pombal (ao largo do Calvário), onde tirou o curso industrial. Foi serralheiro mecânico nas oficinas da Carris. Em 1955, entrou como "faz tudo" e desenhador, no atelier de Nuno Teotónio Pereira. Em 1965, foi para o atelier de Mauricio de Vasconcelos e de Francisco da Conceição Silva, que reconhece como seu mestre (Taveira diz ser co-autor de projetos emblemáticos daquele atelier, como o hotel da Balaia, de 1966 e o edifício Castil, de 1973). Na década de 60, estudou como bolseiro da Gulbenkian e licenciou-se em arquitetura na Escola de Belas-Artes de Lisboa. Participou nas tertúlias dos cafés Gelo e Montecarlo onde conheceu os surrealistas e privou com António Maria Lisboa, Mário Cesariny e Carlos Leote. Casou e divorciou-se de Amarilis Cristina, de quem teve dois filhos. Nos Estados Unidos da América, obteve uma pós-graduação em Planeamento Regional e Urbano, pelo Massachutesetts Institute of Technology (MIT). Lecionou na California Polythecnic State University e na Faculdade de Arquitetura, da Universidade Técnica de Lisboa. Em 1971, abriu o atelier de arquitetura Tomás Taveira SA., com gabinete em Lisboa e mais tarde, no Brasil. É um pioneiro no uso da côr, desafiando-nos ver o mundo de "uma forma mais vibrante". Quando fundou o seu atelier, optou por uma linguagem mais "exuberante", preocupando-se com os aspetos gráficos e cromáticos das fachadas, tornando-se o principal representante da arquitetura pós-moderna em Portugal. As suas criações são consideradas um tributo à ousadia e à imaginação. Entrou nos círculos intelectuais, frequentou a Brasileira e conviveu com poetas e realizadores de cinema. Em 1989, foi envolvido num dos maiores escândalos sexuais portugueses do pós 25 de Abril. Fez propostas para a reabilitação do Martim Moniz, para a Expo/Parque das Nações, para o Centro Cultural de Belém, para a ampliação do Parlamento e para a sede de uma companhia de seguros. Passou aproximadamente 15 anos longe de Portugal a fazer projetos no Dubai, na Rússia, no Cazaquistão, na Argélia, no Brasil e em Angola. Algumas obras emblemáticas: Projetou a loja de discos Valentim de Carvalho, em Cascais (1966); o hotel Balaia, no Algarve (1966); o edifício Castil, no atelier Conceição Silva (1970-1972); as torres de Alfragide, também projetadas no atelier Conceição Silva (1968-1974); o complexo urbanístico da zona J, intervenção de carácter e social, em Chelas (1974); a fábrica de discos Valentim de Carvalho, em Paço de Arcos; edifício sede do instituto de design, IADE (1973); projeta o conjunto habitacional da encosta das Olaias (1982); o edifício Satélite, em frente às Amoreiras (1983);o edifício habitacional na avenida Oscar Monteiro Torres; o complexo comercial e habitacional Torres das Amoreiras, em Lisboa (1985); o edifício sede do Banco Nacional Ultramarino, hoje Caixa Geral de Depósitos, na avenida Cinco de Outubro (1990); a estação de metro das Olaias (1998); os estádios desportivos para o Euro 2004 de Aveiro, de Leiria e Estádio Alvalade XXI (2004); o condomínio de moradias em Palmela, Palmela Vilage (2007); o estádio de futebol no Uzbequistão (2020). Nos anos 90, criou objetos de mobiliário (design de mobiliáro), cenários para o canal de televisão SIC e em 2000, criou ainda cenários para um espetáculo musical, o concerto de Luciano Pavarotti, em Faro. Escreveu o livro "Estudo de Renovação Urbana na área do Martim Moniz", que foi objeto do pémio José Figueiredo da Academia Nacional de Belas Artes. "(...) um arquiteto barroco e um homem simples." (1) Tomás Taveira "(...) é uma personalidade ´polémica e maldita`, (...), ´controversa em tempo real`, que construiu uma obra ´sem paralelo`, (...)" (2) Sérgio Azenha Lugares:LisboaBrasilFunções, ocupações e actividades:ArquitetoDesignerIdentificador do registo de autoridade:00076Identificador(es) da instituição:PT/AMLSBRegras e/ou convenções:ISAAR (CPF) - Norma Internacional de Registo de Autoridade Arquivística para Pessoas Coletivas, Pessoas Singulares e Famílias: adotada pelo Comité de Normas de Descrição, Camberra: Australia, 27-30 de outubro de 2003. Conselho Internacional de Arquivos.ODA - Orientações para a Descrição Arquivística: Grupo de Trabalho de Normalização da Descrição em Arquivo. Lisboa: Direção Geral de Arquivos, 2011.Línguas e escritas:PortuguêsFontes:(1) e (2) COSTA, Tiago Bartolomeu - A obra e o homem: O caso Tomás Taveira. [Em linha]. Lisboa, Púbico, 2021-05-20. [Consult. 2024-07-25]. Disponível em: https://www.publico.pt/2021/05/20/culturaipsilon/noticia/obra-homem-caso-tomas-taveira-1962910ALMEIDA, Joaquim Nogueira de - Arq. Tomás Taveira tem seguidores na Holanda? [Em linha]. Ed. Engenho e Arte, 2023-10-17. [Consult. 2024-07-25]. Disponível em: https://www.engenhoearte.info/post/arq-tomas-taveira-tem-seguidores-na-holandaARAÚJO, António - Tomás Taveira: as cólicas de um arquiteto. [Em linha]. Lisboa, DN, Prova de Vida, 2024-06-02. [Consult. 2024-07-23]. Disponível em: https://www.dn.pt/4212757867/tomas-taveira-as-colicas-de-um-arquiteto/COELHO, Alexandra Prado - Passaram trinta anos. Já digerimos Tomás Taveira e as Amoreiras. [Em lnha]. Lisboa, Público, 2012-04-25. [Consult. 2024-07-25]. Disponível em: https://www.publico.pt/2012/04/25/culturaipsilon/passaram-trinta-anos-ja-digerimos-tomas-taveira-e-as-amoreiras-1543527SANTANA, Maria José - Moradias projetadas por Tomás Taveira para Aveiro geram ondas de críticas. [Em linha]. Lisboa, Público, Arquitectura, 2021-01-25. [Consult. 2024-07-25]. Disponível em: www.publico.pt/2021/01/25/local/noticia/moradias-projetadas-tomas-taveira-aveiro-geram-onda-criticas-1947866SARAIVA, José Cabrita - Tomás Taveira. O enfant terrible da arquitectura. [Em linha]. Jornal Ion, 2015-08-03. [Consult. 2024-07-24]. Disponível em: https://ionline.sapo.pt/2015/08/03/tomas-taveira-o-enfant-terrible-da-arquitectura-portuguesa