Plano de classificação

Arquivo Municipal de LisboaNível de descrição:Entidade detentoraEndereço:Rua B ao Bairro da Liberdade Lotes 3 a 6 - 1º andarCódigo postal:1070-017 CAMPOLIDETelefone:00351 218 177 200 / 201 / 202E-mail:dmc.dpc.dam@cm-lisboa.pt Internet:https://arquivomunicipal.lisboa.ptServiços:ARQUIVO HISTÓRICO: Endereço: Rua B ao Bairro da Liberdade, Lotes 3 a 6 - 1º andar Telefone: 218 177 200 / 201 / 202 E-Mail: dmc.dpc.dam@cm-lisboa.pt Horário: 2ª. a sexta-feira - 9.30h às 17.00h (último pedido às 16.30h) Transportes: Autocarros nºs 12,13 e 113 Comboio: Estação de Campolide Serviços: Biblioteca de Apoio à Leitura Leitura e Reprodução de Microfilmes Restauro Serviço Educativo Reprografia Loja ARQUIVO GERAL: Endereço: Rua B ao Bairro da Liberdade, Lotes 3 a 6 - 1º andar Telefone: 218 177 200 / 201 / 202 Horário: 2ª. a sexta-feira - 9.30h às 17.00h (último pedido às 16.30h) Transportes: Autocarros nºs 12,13 e 113 Comboio: Estação de Campolide Serviços: Sala de Leitura Reprografia História administrativa:A organização do acervo que compõe o Arquivo Municipal vem demonstrar que, desde muito cedo, o Concelho sentiu a necessidade de guardar para futura utilização, os documentos mais importantes relativos à cidade e aos habitantes (os forais, as cartas régias, as sentenças, os contratos, entre outros). Inicialmente pouco volumosa, a documentação que constitui esse arquivo encontrava-se guardada numa arca, conhecida como "arca das escrituras". Dessa arca existiam três chaves: uma na posse de um vereador, outra na do escrivão e a terceira nas mãos de um juiz do cível. Este procedimento foi caindo em desuso, ou em desleixo e, por isso, em 1433, era afirmado que as escrituras e privilégios da cidade se encontravam mal guardados, ao ponto de alguns documentos se terem perdido. Assim, insistiu-se no antigo uso, ficando determinado que os documentos fossem trasladados para um livro que, na câmara embora preso a uma corrente, estivesse à disposição dos que o quisessem consultar, preservando-se, desse modo, os originais. Estipulava-se ainda o registo, num caderno, da saída da documentação. Durante o século XVI, através da análise do Regimento da Câmara, de D. Manuel I, sabe-se que a documentação, sob custódia do guarda da câmara se encontrava fechada numa arca de duas fechaduras. Uma chave encontrava-se na posse do guarda, a outra na do escrivão da câmara. Remonta a esta centúria a organização da documentação, então avulsa, em códices, talvez devido ao seu constante aumento. Durante os finais do século XVII e inícios do século XVIII procedeu-se à cópia sistemática de todos os códices, de forma a preservar os originais. Até ao século XVIII, o arquivo parece ter-se mantido permanentemente na Casa de Santo António, junto à Sé, ou seja, no local de funcionamento da câmara, mesmo durante os períodos em que as reuniões do concelho se realizaram noutros locais. Com a reunificação do Senado da Câmara em 1741, após um breve período, em que se dividiu em Oriental e Ocidental, o arquivo instalou-se no Rossio, no local onde tinha estado sediado o Senado Ocidental. terminava assim a ligação de quatro séculos entre o arquivo e a Casa de Santo António. Após o terramoto de 1755 e o incêndio que se lhe seguiu e, tendo sido salva, na sua maior parte, por um oficial da secretaria do Senado da Câmara - Leandro da Costa Carvalho - a documentação foi instalada precariamente numa barraca de madeira no campo de Sant'Ana , tendo, pouco tempo depois, transitado para o palácio dos Condes de Almada. Em 1774, o arquivo foi instalado no recém inaugurado edifício dos Paços do Concelho. Não obstante, em 1870, teve que se mudar, tal como toda a câmara, para as Casas da Índia e para o palácio da Inquisição. Em virtude de a rainha D. Maria I ter decidido utilizar os Paços do Concelho como Paço Real. Só nos finais desse século o arquivo regressa à sala abobadada do edifício da Praça do Município, concebido por Eugénio dos Santos. Em 1863, um violento incêndio destruiu quase totalmente os Paços do Concelho. A sala do arquivo foi a única que permaneceu intocada pelo flagelo graças à sua estrutura abobadada. No entanto, durante as obras de reconstrução, a documentação teve que ser transferida para o edifício das Sete Casas, à Ribeira Velha, onde permaneceu até julho de 1875, altura em que regressou à antiga sala que o novo projeto para os Paços do Concelho, da autoria do arquitecto Domingos Parente, não alterou. O rápido aumento do volume de documentação, bem como a exiguidade da sala, levaram a que o arquivo tivesse que ser fisicamente dividido. Assim, e também como resultado da evolução do então criado arquivo administrativo (concebido pela primeira vez no Projeto de Organização dos Serviços da CML de 1919), fazem-se, desde os inícios dos anos 30, volumosas transferências de documentação para um edifício do Bairro do Arco do Cego, tentando-se respeitar a separação entre arquivo intermédio e arquivo histórico/definitivo (que continuou nos Paços do Concelho). Em 1942, respondendo-se à necessidade de centralizar e conservar toda a produção fotográfica dispersa pelos vários serviços da câmara nasce o Arquivo fotográfico que, depois de várias mudanças de instalações, se sediou definitivamente, em 1994, num edifício na Rua da Palma especialmente adaptado para o receber. Em 1985, novamente se sente a necessidade de reunir toda a documentação dispersa pelos serviços da CML e nasce um novo arquivo, o Arquivo Alto da Eira, depositário da documentação mais recente e de maior valor administrativo. Em novembro de 1996, um novo incêndio assolou o edifício dos Paços do Concelho que, embora não tenha atingido a documentação do arquivo histórico, obrigou à sua transferência imediata para um edifício anexo ao do arquivo do Alto da Eira. Em 1998 tiveram início os trabalhos tendentes à criação de um só espaço, condigno, para a instalação dos Arquivos Histórico, do Arco do Cego e do Alto da Eira, cuja concretização se prevê para breve.Fontes e bibliografia:CAESSA, Ana; MATOS, Francisco - O Arquivo Histórico da Câmara Municipal de Lisboa: percurso e estrutura. Cadernos do Arquivo Municipal. Lisboa: Câmara Municipal de Lisboa. ISSN 08739870. 3 (1999) 110-132.VIEGAS, Inês Morais - O Arquivo Municipal de Lisboa. Cadernos do Arquivo Municipal. Lisboa: Câmara Municipal de Lisboa. ISSN 0873-9870. 1 (1997) 10-14.Arquivo:AFAHAGAVCódigo de referência:PT/AMLSB