Plano de classificação

Teatro Municipal São LuizData(s):[1888]-2013Nível de descrição:SubfundoDimensão e suporte:Dimensão: 99 caixas, 60 livros, 4 dossiers, 2 pastas, 1 rolo, 60 bobinas (22 m.l.)Suporte: AcetatoSuporte: CartãoSuporte: Fita magnéticaSuporte: PapelSuporte: Prova cromogénea baritadaSuporte: Prova cromogénea plastificadaSuporte: Prova em albuminaSuporte: Prova em papel de revelação baritadoSuporte: Prova em papel de revelação baritado ou sem barita com viragem ( sépia, selénio)Suporte: Prova em papel de revelação plastificado com viragem ( sépia, selénio )Suporte: Prova fotomecânica, fotogliptiaSuporte: Prova fotomecânica, rede de ponto Suporte: Radiografia em nitrato de celuloseSuporte: VegetalNome(s) do(s) produtor(es) e história administrativa/biográfica:Nome(s) do(s) produtor(es): Teatro Municipal São Luiz. 1894-História administrativa/biográfica: O Teatro Municipal São Luiz teve origem em 1892, por iniciativa do ator Guilherme da Silveira, com a constituição de uma sociedade, presidida por Luís de Braga Júnior, visconde de São Luís de Braga, para a edificação de um teatro em Lisboa, em terrenos cedidos pela Coroa Portuguesa. O projeto foi da autoria do arquiteto francês Louis-Ernest Reynaud, modificado por Emílio Rossi, e a inauguração do edifício, designado Teatro D. Amélia (na altura, rainha de Portugal), ocorreu em 22 de maio de 1894, com a apresentação da opereta "A filha do tambor-mor", de Offenbach. Em 1896, o edifício passou a estar equipado com o cinematógrafo, começando a ser projetados alguns pequenos filmes, no intervalo e no final das peças de teatro em cena, apresentando o cinema ao público português. Em 28 de maio de 1902, foi apresentada a peça "A ceia dos cardeais", de Júlio Dantas. Em 1911, no seguimento da implantação da República, a designação do teatro foi alterada para Teatro República e o jardim de inverno transformou-se em animatógrafo, designado The Wonderful. Pouco tempo depois, em 1914, um incêndio destruiu praticamente todo o edifício, tendo sido reconstruído com um projeto do arquiteto Tertuliano Lacerda Marques, reabrindo em 1916, com a peça "Os postiços", de Eduardo Schwalbach. Em 1917, o teatro passou a pertencer à família Ortigão Ramos, após a aquisição dos terrenos à Casa de Bragança, anterior família real e, ainda nesse ano, nele se estreou a atriz Amélia Rey Colaço. No ano seguinte, a 14 de abril de 1918, o teatro passou a designar-se Teatro São Luiz, em homenagem ao recém-falecido visconde de São Luís de Braga, fundador e dinamizador do teatro. Na década seguinte, após obras de remodelação do edífcio e com a apresentação de diversas sessões de cinema, o espaço passou a designar-se São Luiz Cine, em 7 de abril de 1928, adotando uma vertente mais cinematográfica, com a estreia e a exibição dos filmes mais importantes da época, como "Metropolis", de Fritz Lang. Em 1930, passou a contar com equipamento sonoro, com a estreia dos filmes "Prémio de beleza", de Augusto Genina e, posteriormente, "A severa", de Leitão de Barros, o primeiro filme sonoro português, em 18 de junho de 1931. Quatro décadas mais tarde, em maio de 1971, após a apresentação de diversas temporadas de cinema e teatro, a Câmara Municipal de Lisboa adquiriu o edifício, sendo novamente alterada a sua designação para Teatro Municipal São Luiz, com a apresentação da peça "A salvação do mundo", de José Régio. O espaço passou a acolher parte da companhia do Teatro Nacional D. Maria II, dando origem a uma nova companhia residente, a Companhia Nacional I, dirigida por Luís Francisco Rebelo, tendo uma existência breve e fugaz. A partir de 1991, uma das salas do teatro foi cedida à Companhia Teatral do Chiado, passando a designar-se Teatro-Estúdio Mário Viegas. A partir de 1999, o teatro foi sujeito a obras de reabilitação e conservação de grandes dimensões, com o apoio da União Europeia, tendo reaberto em 30 de novembro de 2002, com um complexo renovado constituído por: sala principal, sala estúdio, jardim de inverno e café dos teatros. No ano seguinte, em 2003, a gestão do espaço passou para a empresa municipal EGEAC - Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural, EM. Em 2014, Aida Tavares foi nomeada como diretora artística, assumindo igualmente a programação da sala estúdio, que passou a designar-se Sala Mário Viegas. Em 2016, a sala principal obteve a denominação Sala Luís Miguel Cintra e, no ano seguinte, o jardim de inverno passou a designar-se Sala Bernardo Sassetti. Em 2019, o Teatro Municipal São Luiz celebrou os 125 anos de existência, com um conjunto de eventos e iniciativas de âmbito cultural.História custodial e arquivística:A documentação foi incorporada e transferida para o Arquivo Municipal de Lisboa de forma faseada, em diferentes períodos cronológicos. Em 2003, após a transferência da gestão do teatro para a EGEAC-Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural, EM (Despacho nº 143/P/2003) e no seguimento das obras de requalificação do edifício, foi entregue documentação produzida e acumulada entre cerca de 1888 e 2001. Em 2019, foi entregue documentação relativa à programação cultural do teatro, produzida entre 2002 e 2013, tendo sido definido o envio periódico deste tipo de documentação, produzida posteriormente, para o Arquivo Municipal de Lisboa.Âmbito e conteúdo:Documentação produzida e acumulada entre cerca de 1888 e 2013, no âmbito da atividade cultural e artística desenvolvida pelo Teatro Municipal São Luiz. Inclui documentação relativa a: programas de espetáculos; receita e prestação de contas; processos individuais; copiador de ofícios; informações; livros de ponto; promoção de eventos; relatórios de atividades; recortes de imprensa; gestão e manutenção do edifício; correspondência geral; gestão administrativa e financeira de atividades; materiais de orquestra; livros de registo; gravações de concertos; fotografias.Condições de reprodução:Reprodução para exposição, publicação e utilização comercial mediante autorização do Arquivo Municipal de Lisboa.Unidades de descrição relacionadas:Cód. referência: PT/AMLSB/CMLSBAH/COPA/001/10484Título: 14021Nota de publicação:LISBOA. Câmara Municipal. Arquivo Municipal - 125 anos Teatro Municipal São Luiz: memórias em arquivo. Lisboa: Câmara Municipal, 2019.Arquivo:AFAHCódigo de referência:PT/AMLSB/CMLSBAH-TMSL