Plano de classificação

Tipo de entidade:Pessoa colectivaFotografia Alvão, Lda. 1902-1967Outras formas do nome:Casa Alvão e CompanhiaAlvão & Cª, SucessorAzevedo & Fernandes, Lda - Fotografia AlvãoPhotographia AlvãoFoto AlvãoData(s):1902 (inicio de atividade do Atelier e Escola de Fotografia)1903 (gerência do Atelier e Escola de Fotografia por Domingos Alvão e alteração da designação do atelier para Fotografia Alvão)1914 (gerência de Álvaro Cardoso de Azevedo)1924 (constituição da sociedade Alvão & C.ª, entre Domingos Alvão e Álvaro Cardoso de Azevedo)1935-10-05 (atribuição da comenda da Ordem de Cristo a Domingos Alvão)1936 (participação no concurso e exposição promovidos pela Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses)1937 (direção de Álvaro Cardoso de Azevedo e dissolução da sociedade)[déc.1940] (criação da sociedade Fotografia Alvão - Azevedo & Fernandes, Lda, entre Álvaro Cardoso de Azevedo e José Fernandes Mendes de Oliveira)1943-03-08 (atribuição da comenda da Ordem de Cristo a Álvaro Cardoso de Azevedo)1946 (morte de Domingos Alvão)1967-11-23 (morte de Álvaro Cardoso de Azevedo)[déc.1970] (venda da firma, mantendo o mesmo nome comercial)História:A Fotografia Alvão teve como antecessor o Atelier e Escola de Fotografia, pertencente ao Photo Velo Club, inaugurado em janeiro de 1902 por iniciativa de Raúl Teixeira, e tinha como operador gerente Domingos Espírito Santo Alvão (n.1869-m.1946). O Atelier e o Photo Velo Club funcionavam nas mesmas instalações da Rua de Santa Catarina no Porto, nº 100 (ou 120, após renumeração das portas da rua). A partir de 1903, Domingos Alvão assumiu totalmente as responsabilidades do atelier, passando este a ser designado de Fotografia Alvão. A loja de fotografia associada a este estabelecimento, gerida por José da Silva Pereira, foi autonomizada em 1904, passando a ser designada por Foto Iris. Por volta de 1906, Álvaro Cardoso de Azevedo (n.1894-m.1967) inicia a sua atividade na firma, como aprendiz e em 1914, assume a gerência da firma. Segundo Filipe Figueiredo (2000), havia não só uma partilha óbvia da chancela comercial entre Azevedo e o seu mestre Alvão, como os trabalhos de ambos eram muito semelhantes, "na forma de utilizar a objectiva"(...)"o mesmo tipo de enquadramento, a mesma luz, as mesmas profundidades de campo, enfim, um modo muito próximo de trabalhar as cambiantes possíveis na arte fotográfica." (FIGUEIREDO, 2000, pág.153) Na década de 1920, a firma contava com os seguintes colaboradores, que garantiam a elevada produção fotográfica de Domingos Alvão: João Alvão, especialista em retocagem e irmão de Domingos, Álvaro Cardoso de Azevedo, Júlia Claro, José Fernandes Mendes de Oliveira, Afonso Ribeiro, Conceição de Jesus Pereira, Francisco Tavares, Delfim Ferreira Malta e José Ferreira. José Oliveira chegou a ser sócio-gerente da firma (déc.1960) e juntamente com Afonso Ribeiro, assumiam as funções de retrato de estúdio e do funcionamento da firma, nos momentos em que não se encontrava Alvão e Azevedo. Em 1924 foi constituida a sociedade Alvão & C.ª. A casa Fotografia Alvão fez-se representar com as fotografias de Domingos Alvão, na publicação Gazeta das Aldeias, entre os anos de 1929 e 1974, e recebeu uma grande encomenda feita pelo Instituto do Vinho do Porto em 1933, que se prolongou por dezenas de anos. Recebeu também encomendas de grandes empresas, câmaras municipais, centrais elétricas, hospitais, e outras entidades públicas. Quando Domingos Alvão tinha 68 anos e já pretendia abandonar a atividade profissional, Álvaro de Azevedo assume as responsabilidades da firma, em 1937, quando a sociedade se dissolve. Podem ser encontrados trabalhos posteriores a essa data com a chancela prestigiante da casa fotográfica, embora Alvão se tenha afastado definitivamente da vida profissional que tivera. Álvaro de Azevedo encontra um novo sócio, José Fernandes Mendes de Oliveira, um funcionário superior da firma, tendo sido criada na década de 1940 a nova sociedade Azevedo & Fernandes, Lda. - Fotografia Alvão. Continuaram a ser realizados os seguintes trabalhos feitos anteriormente por Alvão: "(...) retrato, levantamento fotográfico para empresas, publicidade de firmas sob a forma de catálogos, fotografia de arquitetura de novas edificações do Estado Novo, levantamento dos Bairros Sociais (...)" (FIGUEIREDO, 2000, pág. 210), assim como foi mantida a colaboração com periódicos nacionais e estrangeiros. A casa teve como últimos colaboradores Afonso Ribeiro, empregado de escritório e Eduardo Lemos, balconista, estes com 30 e 23 anos de casa respetivamente, Maria Delfina, no laboratório, Peixoto, no atelier de retratos, Cosme, empregado pessoal e operador de Álvaro Azevedo. Álvaro de Azevedo faleceu em 1967, a firma foi vendida nos anos 1970, e manteve a chancela da Fotografia Alvão, embora nada tenha de continuidade com os trabalhos de Domingos Alvão ou com os sucessores.Entrada de autoridade relacionada:Nome: Alvão, Domingos. 1869-1946, fotógrafoNome: Azevedo, Àlvaro. 1894-1969, fotógrafoIdentificador(es) da instituição:PT/AMLSBRegras e/ou convenções:ISAAR (CPF) - Norma Internacional de Registo de Autoridade Arquivística para Pessoas Coletivas, Pessoas Singulares e Famílias: adotada pelo Comité de Normas de Descrição, Camberra: Australia, 27-30 de outubro de 2003. Conselho Internacional de Arquivos.ISAD (G) - Norma Geral Internacional de Descrição Arquivística: adotada pelo Comité de Normas de Descrição, Estocolmo: Suécia, 19-22 de setembro de 1999. Conselho Internacional de Arquivos.Línguas e escritas:PortuguêsFontes:CPF. FRD da coleção Fotografia Alvão [Em linha]. [Consult. 2021-09-03]. Disponível em WWW: URL:http://digitarq.cpf.dgarq.gov.pt/details?idFIGUEIREDO, Filipe (2000), Nacionalismo e pictorialismo na fotografia portuguesa na 1ª metade do século XX - o caso exemplar de Domingos Alvão. Dissertação de Mestrado em História da Arte. Universidade Nova de Lisboa.Notas internas:Publicações de Alvão & Ca.: Correia, V. & Alvão & C a . (1929). 1. Batalha. Estudo historico-Artistico- Arqueologico do Mosteiro da Batalha. Monumentos de Portugal. Porto: Litografia Nacional – Edições. Guimarães, V. & Alvão & C a (1929). 2. Thomar. Notícia historico-Arqueologica e Artística do Monumento de Christo e das Egrejas de Santa maria dos Olivais, de Santa Iria e de S. João. Monumentos de Portugal. Porto: Litografia Nacional – Edições. Passos, C. & Alvão & C a (1929). 3. Porto. Noticia Histórico-Archeologica e Artística da Cathedral e das Egrejas de Cedofeita e de S. Francisco. Monumentos de Portugal. Porto: Litografia Nacional – Edições. Korrodi, E. & Alvão & C a (1929). 4. Alcobaça. Estudo historico-Arqueologico e Artístico da Real Abbadia de Santa Maria de Alcobaça. Monumentos de Portugal. Porto: Litografia Nacional – Edições. Brito, N. & Alvão & C a (1929). 5. Santarém. Estudo historico-Arqueologico e Artístico das Egrejas de Santa Maria de Marvilla, Nossa Senhora da Graça, S. João de Alporão, S. Francisco, Ermida de N. S. a do Monte e Fonte das Figueiras. Monumentos de Portugal. Porto: Litografia Nacional – Edições. Saraiva, J. & Alvão & C a (1929). 6. Leiria. Breve estudo critico das suas origens e notícia histórica, archeológica e artística, das ruinas do seu Castello, da Cathedral, do Santuário da S. a da Encarnação e da Egreja de S. Pedro. Monumentos de Portugal. Porto: Litografia Nacional - Edições. Cardoso, N. C. & Alvão & C a (1930). 7. Cintra. Notícia Histórico-Archeológica e Artística do Palacio da Pena e dos Castello dos Mouros. Monumentos de Portugal. Porto: Litografia Nacional - Edições. Sequeira, M. & Brito, N. & Alvão & C a (1930). 8. Sé de Lisboa. Estudo Historicó- Arqueológico e Artístico. Monumentos de Portugal. Porto: Litografia Nacional - Edições. Correia, V. & Alvão & C a (1930). 9. Batalha - II. Estudo Historicó-Arqueológico e Artístico da Escultura do Mosteiro da Batalha. Monumentos de Portugal. Porto: Litografia Nacional - Edições. Sequeira, M. & Alvão & C a (1932). 10. Queluz. Monografia Histórica e Archeológico-Artística. Monumentos de Portugal. Porto: Litografia Nacional - Edições. Freire, J. P. & Passos, C. & Alvão & C a (1933). 1. Mafra. Notícia Histórico- Archeológica e Artística da Vila e do Paço Conventual. (2 a série). Monumentos de Portugal. Porto: Litografia Nacional - Edições.