Plano de classificação

Tipo de entidade:Pessoa singularAbreu, Marques de. 1879-1958, fotógrafoHistória:José Antunes Marques de Abreu nasceu a 14 de fevereiro de 1879, em Pereira, freguesia de Mouronho, no concelho de Tábua, distrito de Coimbra e faleceu no Porto, a 3 de julho de 1958. Foi um fotógrafo, gravador e editor, que marcou as artes gráficas e editoriais em Portugal, entre as décadas de 1900 e 1940. Realizou importantes levantamentos de arte e arquitetura portuguesa e teve um papel fundamental no desenvolvimento e aplicação da fotozincogravura. Com 13 anos foi entregue aos cuidados de um tio farmacêutico que vivia em Tábua e mais tarde começou a trabalhar como ajudante de farmácia. Pouco tempo depois, foi para Lisboa, mas em 1893 parte para o Porto, onde se iniciou como gráfico no atelier Courrége & Peixoto. Matriculou-se no curso de Desenho Elementar da Escola Industrial Faria Guimarães, mas Marques de Abreu foi sobretudo um autodidata que aos 19 anos fundou o seu próprio atelier, as Oficinas Marques de Abreu de zincogravura, fotogravura e símile-gravura, na rua de São Lázaro, n.º 336, tendo como sócio Cunha Moraes (1898). Em 1899 é operador no atelier de zincogravura da Fotografia Universal, onde Germano Courrége é o diretor artístico e em 1901 dirige as oficinas de fotogravura do jornal "O Primeiro de Janeiro". Manteve sempre colaborações pontuais com o Courrége & Peixoto, onde realizou as zincogravuras das revistas Sombras e Luz (1900-1902) e Theatro Portuguez (1902); com o atelier Fotografia Universal e com as oficinas de O Primeiro de Janeiro. Entre 1898 e 1910 Marques Abreu editou a 1.ª série da Ilustração Moderna (1898-1903); Gravura Chimica nas Illustrações (1904), obra de divulgação das artes gráficas onde o autor aborda as técnicas de fotogravura e de similigravura; Arte: Archivos de Obras de Arte (1905-1912); a Revista das Artes Gráphicas começa a ser publicada (1906); Instantâneo (1907) e dois Almanach (1909 e 1911). Entre 1908 e 1910, colabora, entre outras, com a revista Illustração Transmontana a que se associaram também, António Augusto Corrêa, Biel e Alvão. Em 1926 inicia-se a publicação da segunda série da revista Ilustração Moderna, sob direção de Marques Abreu. O espólio de Marques Abreu constitui um dos mais vastos e importantes acervos nacionais de artes gráficas, desenvolvida ao longo da primeira metade do século XX. Em termos temáticos a sua produção fotográfica, divide-se entre os costumes, paisagens e os registos arquitetónicos, focando-se essencialmente no património românico português, com o objetivo de o inventariar e sensibilizar o público e as entidades oficiais para o seu estado de conservação. Na década de 1930 e 1940 a atividade de Marques Abreu reparte-se entre o ensino na Escola Industrial Infante Dom Henrique no Porto, a atividade como fotógrafo, como gravador e divulgador das artes gráficas. A partir de 1935 deixa de fotografar. Marques Abreu especializou-se muito cedo em gravura química, zincogravura em alto-relevo, foto-zincogravura e clichés fotográficos tendo sido reconhecido como editor e mestre a nível nacional e internacional. Do seu casamento com Brites Morais Coutinho (1909), nasceu José Marques Abreu Júnior (1909-1969), com quem, anos mais tarde, virá a trabalhar ao serviço da Direção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais.Identificador(es) da instituição:PT/AMLSBRegras e/ou convenções:ISAAR (CPF) - Norma Internacional de Registo de Autoridade Arquivística para Pessoas Coletivas, Pessoas Singulares e Famílias: adotada pelo Comité de Normas de Descrição, Camberra: Australia, 27-30 de outubro de 2003. Conselho Internacional de Arquivos.ODA - Orientações para a Descrição Arquivística: Grupo de Trabalho de Normalização da Descrição em Arquivo. Lisboa: Direção Geral de Arquivos, 2011.Línguas e escritas:PortuguêsFontes:CPF. FRD Fundo Marques de Abreu [Em linha]. [Consult. 2022-07-08]. Disponível em WWW: URL:http://digitarq.cpf.dgarq.gov.pt/details?id