Plano de classificação

Tipo de entidade:Pessoa singularCorte Real, Diogo de Mendonça. c. 1694-1771, secretário de Estado da Repartição dos Negócios UltramarinosData(s):1694? (nascimento)1716 (colegial do Colégio de São Pedro) 171? (tesoureiro-mor da Colegiada de Barcelos)1722-1728 (enviado extraordinário a Haia)1750-1756 (secretário de Estado da Repartição dos Negócios Ultramarinos)1756 (desterrado a 30 léguas da Corte)1758 (desterrado para a Praça de Mazagão)1769 (regresso ao Reino)1971 (morte)História:Nasce em Madrid, entre 1694 e 1703. É filho ilegítimo de Diogo de Mendonça Corte Real, secretário de Estado no reinado de D. João V, e de Maria de Briones y Velasco, sendo perfilhado em 1713. Doutorado em Direito Canónico, pela Universidade de Coimbra, é aluno do colégio de São Pedro, em 1716, e tesoureiro-mor da Colegiada de Barcelos. É comendador da Ordem de Cristo de Santa Luzia de Trancoso e de Santa Maria de Monsaraz. Torna-se senhor da Torre de Palma e do morgado dos Mendonça e do de Corte Real. Ocupa os cargos de conselheiro da Fazenda real, de provedor da Casa da Índia, de deputado da Casa de Bragança. Torna-se ainda professor da Real Academia de História Portuguesa. Em 1722, serve diplomaticamente o reino de Portugal, como enviado extraordinário, em Haia, na Holanda, até 1728. Lá defende os interesses coloniais portugueses, perante a Companhia das Índias Ocidentais. A 3 de agosto, de 1750, já no reinado de D. José I, é eleito secretário de Estado da Repartição dos Negócios Ultramarinos, cargo que ocupa até 1756. Fruto de várias vicissitudes, principalmente resultantes da conjuntura política pombalina, levam a que seja destituído do cargo de secretário de Estado, sendo desterrado, a 30 de julho, de 1756, para uma distância equivalente a 40 léguas da Corte. A partir deste momento vai sucessivamente para a freguesia de São Martinho de Salreu, no Bispado de Coimbra e para a freguesia de Baltar, no Bispado do Porto. Em 1758, é expulso do reino e desterrado para a Praça de Mazagão, em Marrocos, onde é conhecido como o «pai de toda a pobreza que sempre favoreceu no estado de sacerdote que professou» (SUBTIL, pág. 150). Em 1769, na sequência do abandono da Praça de Mazagão, regressa ao reino e segue para o Forte de Peniche. Aqui, morre na cadeia, em 1771 (GONÇALVES, pág. 26).Lugares:MadridCoimbraLisboaMazagãoPenicheFunções, ocupações e actividades:Tesoureiro-mor da Colegiada de BarcelosEnviado extraordinário a HaiaSecretário de Estado da Repartição dos Negócios Ultramarinos Mandatos/fontes de autoridade:Decreto de nomeação de 11 de agosto de 1750.Entrada de autoridade relacionada:Nome: Corte Real, Diogo de Mendonça. 1658-1736, secretário de EstadoTipo de relação: FamiliarIdentificador(es) da instituição:PT/AMLSBRegras e/ou convenções:ISAAR (CPF) - Norma Internacional de Registo de Autoridade Arquivística para Pessoas Coletivas, Pessoas Singulares e Famílias: adotada pelo Comité de Normas de Descrição, Camberra: Australia, 27-30 de outubro de 2003. Conselho Internacional de Arquivos.ODA - Orientações para a Descrição Arquivística: Grupo de Trabalho de Normalização da Descrição em Arquivo. Lisboa: Direção Geral de Arquivos, 2011.NP 405-1:1994 - Informação e Documentação. Referências bibliográficas: documentos impressos: Comissão Técnica 7. Lisboa: Instituto Português da Qualidade, 1994.Línguas e escritas:PortuguêsFontes:GONÇALVES, Marta Alexandra Sereno - O palácio como matriz de inscrição na cidade. [Em linha]. Lisboa: Faculdade de Arquitetura, 1914. Tese de Mestrado. [Consultado em 2016-07-16]. Disponível em https://www.google.pt/url?url MONTEIRO, Nuno Gonçalo - D. José. Mem Martins: Círculo de Leitores, 2006. ISBN972-42-3845-8.MONTEIRO, Nuno Gonçalo - D. José: na sombra de Pombal. Lisboa: Círculo de Leitores, 2012. ISBN 978-972-42-3485-6.SANTOS, António César de Almeida - Algumas observações sobre a acção política pombalina: instruções de governo para garantirem a'multiplicação de povoações civis e decorosas na América portuguesa. [Em linha]. [Consultado em 2016-07-16]. Disponível em http://www.humanas.ufpr.br/portal/cedope/files/2011/12/Algumas-observa%C3%A7%C3%B5es-sobre-a-a%C3%A7%C3%A3o-pol%C3%ADtica-pombalina-Antonio-Cesar-de-Almeida-Santos.pdf SERRÃO, Joel (dir.) - Dicionário de História de Portugal. Lisboa: Iniciativas Editoriais, 1963. Vol. I, p. 710.SIMÕES JÚNIOR, Mário Francisco - Os secretários de D. José: centralização e administração do Império Português. [Em linha]. Frianópolis: XXVIII Simpósio de História, 2015. [Consultado em 2016-07-16]. Disponível em http://www.snh2015.anpuh.org/resources/anais/39/1439831409_ARQUIVO_Artigo-OsSecretariosdeD.Jose-MarioSimoes.pdf SUBTIL, José - Dicionário dos desembargadores (1640-1834). Lisboa: EDIAUL, 2010. ISBN 978-989-8191-14-4.