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Tipo de entidade:
Pessoa singular
Maria I. 1734-1816, rainha de Portugal
Outras formas do nome:
A Piedosa
A Louca
Maria Francisca Isabel Josefa Antónia Gertrudes Rita Joana de Bragança
Data(s):
1734-12-17 (nascimento)
1777 - 1816 (reinado)
1750 (princesa do Brasil)
1760 (casamento com o tio, o infante D. Pedro)
1777 (demissão do Marquês de Pombal)
1777 (aclamação e juramento de D. Maria)
1787 (morte do rei consorte D. Pedro III)
1792 (a rainha é declarada incapaz de governar; D. João assume a regência)
1807 (partida da família real para o Brasil)
1816-03-20 (morte)
História:
A princesa da Beira(título conferido ao primogénito dos príncipes do Brasil, título criado por D. João V) nasceu em Lisboa no Paço da Ribeira a 17 de dezembro de 1734. É filha dos príncipes do Brasil, D. José e D. Maria Vitória de Bourbon. O seu avô, o rei D. João V, anunciou o seu nascimento, havendo relatos de abundantes festejos por todo o reino. O faustoso batizado da princesa realizou-se em 1735, tendo como padrinhos D. João V e a sua avó materna Isabel Farnésio, viúva do rei Filipe V de Espanha. Em 1750 D. José subiu ao trono e D. Maria torna-se princesa do Brasil. Ficou conhecida como a Piedosa ou a Louca. A educação da futura rainha foi cuidada e rigorosa, abrangendo diversas áreas como a música, o desenho, a pintura e estudo das línguas, não ficando descurada a vertente espiritual e religiosa. Na sua formação teve um papel importante o padre Timóteo de Oliveira, seu confessor. A infanta D. Maria tornou-se uma mulher muito devota. O terramoto de 1755, o atentado contra seu pai e e a cruel execução de importantes membros da nobreza - no conhecido processo dos Távoras -, a expulsão dos jesuítas, e a pouca empatia que nutria pelo ministro de seu pai, Sebastião José de Carvalho e Melo (Marquês de Pombal), foram alguns dos fatores de desestabilização que a princesa sentiu durante o reinado do seu pai. Em 1760 casou com o seu tio, o infante D. Pedro, prior-mor do Crato e senhor da Casa do Infantado, igualmente muito devoto, que passará a usar o título de D. Pedro III, rei consorte. Em 1761, a 21 de agosto, nasceu o primeiro filho do casal, D. José. O batizado realiza-se poucos dias depois na Capela Real da Ajuda. Ao contrário de outras princesas e fidalgas, assumiu de forma muito próxima e direta o papel de mãe, que fortaleceu com o nascimento do futuro rei em 1767. D. Maria terá seis filhos, mas só o infante D. João sobreviveu com a longevidade suficiente para se tornar rei. Ainda durante o reinado do seu pai, não há relatos que comprovem a participação da princesa D. Maria nas questões de governança, possivelmente porque as suas relações com o influente ministro de D. José não fossem as mais cordiais, prevalecia entre eles uma desconfiança mútua. Não fazia parte do Conselho de Estado, como seria natural para um herdeiro do trono. A situação política externa de Portugal era delicada. Estava em curso uma guerra, não só militar mas também diplomática com a Espanha, por questões de delimitação territorial no Brasil. O panorama internacional piora quando observamos a aliada Inglaterra em conflito com as suas colónias norte-americanas, o que coloca sérios problemas diplomáticos a Portugal. Em 1776 estas colónias tornaram-se independentes. Nascem os Estados Unidos da América. Inicialmente, Portugal permaneceu ao lado da Inglaterra, mandando encerrar os seus portos aos navios norte-americanos, mas face às desvantagens comerciais, tentou manter uma política de neutralidade apesar da pressão inglesa. Portugal vai reconhecer os Estados Unidos da América em 1783. D. Maria subiu ao trono em fevereiro de 1777, mas só foi aclamada em maio. É a primeira mulher a ocupar o trono do país. As primeiras medidas foram a abertura das prisões de Estado e a abertura dos processos de reabilitação de vários prisioneiros, incluindo a revisão do processo dos Távoras por um tribunal especial. Só o duque de Aveiro permaneceu acusado de regicídio. Demitiu o marquês de Pombal de todos os seus cargos. Foi nomeado um novo ministério formado pelo marquês de Angeja, como ministro assistente ao despacho e presidente do Real Erário; o visconde de Vila Nova de Cerveira como ministro e secretário de Estado do Reino; Martinho de Melo e Castro como ministro e secretário de Estado da Marinha e Ultramar; Aires de Sá e Melo como ministro e secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Guerra. Durante os anos da sua governação a atividade legislativa foi muito importante. Em 1777 foi criada a Junta de Administração de Todas as Fábricas do Reino e Águas Livres; em 1778, foi criada a Junta para o Exame e Correção da Legislação e Formulação de Um Novo Código das Leis do Reino; nesse ano foi também suprimida a Companhia do Grão-Pará e Maranhão; a Real Fábrica das Sedas foi reorganizada, passando a funcionar com recursos próprios; em 1779 foi fundada a Academia das Ciências de Lisboa; iniciou-se a construção da igreja do Sagrado Coração de Jesus - mais conhecida como Basílica da Estrela; foi criada a Real Biblioteca Pública de Lisboa, o teatro de São Carlos, em Lisboa, e o teatro de São João, no Porto. Em 1780 o magistrado Diogo Inácio de Pina Manique foi nomeado intendente-geral da polícia e fundou, ainda neste ano, a Casa Pia de Lisboa. Em 1781 foi nomeado administrador-geral das Alfândegas e desenvolve a iluminação pública nas ruas de Lisboa. Como D. Pedro III morreu em 1786, o infante D. João, futuro D. João VI, passou a administrar a Casa do Infantado. O príncipe do Brasil, D. José foi admitido ao despacho no Conselho de Estado como herdeiro do trono mas morreu em setembro de 1788, com vinte e sete anos, pelo que o seu irmão D. João se torna o herdeiro do trono. A saúde mental da rainha D. Maria I agrava-se por volta de 1791. Depois de consultados os médicos da rainha e desta ter sido considerada mentalmente incapaz, a regência do reino é assumida no ano seguinte, pelo seu filho, o futuro D. João VI. Posteriormente, devido ao perigo das invasões francesas, a família real embarca para o Brasil em 1807. A rainha morreu em 1816, no Rio de Janeiro. A família real regressou a Portugal em 1821, e D. Maria foi então sepultada na Basílica da Estrela, com todas as honras de Estado devidas. Sucedeu-lhe o seu filho, o rei D. João VI.
Lugares:
Lisboa
Salvaterra de Magos
Mafra
Caldas da Rainha
Queluz
Rio de Janeiro
Funções, ocupações e actividades:
Princesa da Beira
Rainha de Portugal
Mandatos/fontes de autoridade:
Aclamação e cortes - PT/TT/ACRT
Aclamação (1777-05-13)
Identificador(es) da instituição:
PT/AMLSB
Regras e/ou convenções:
ISAAR (CPF) - Norma Internacional de Registo de Autoridade Arquivística para Pessoas Coletivas, Pessoas Singulares e Famílias: adotada pelo Comité de Normas de Descrição, Camberra: Australia, 27-30 de outubro de 2003. Conselho Internacional de Arquivos.
ODA - Orientações para a Descrição Arquivística: Grupo de Trabalho de Normalização da Descrição em Arquivo. Lisboa: Direção Geral de Arquivos, 2011.
NP 405-1:1994 - Informação e Documentação. Referências bibliográficas: documentos impressos: Comissão Técnica 7. Lisboa: Instituto Português da Qualidade, 1994.
Línguas e escritas:
Português
Fontes:
RAMOS, Luís de Oliveira - D. Maria I. Mem Martins: Círculo de Leitores, 2007. ISBN 978-972-42-3901-9.
FERREIRA, Maria Emília Cordeiro - D. Maria I in Dicionário de História de Portugal. Lisboa: Iniciatiivas Editoriais, 1965, 1965. Vol. II, pp. 927-929.
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