Plano de classificação

Tipo de entidade:Pessoa singularCunha, Alfredo. 1953-, fotógrafoOutras formas do nome:Alfredo de Almeida Coelho da CunhaData(s):1953-10-08 (nascimento)1970 (inicio de atividade profissional na agencia de publicidade "Praxis")1971 (colaborador do jornal "Notícias da Amadora")1972 (entra para os quadros do jornal "O Século" e depois para o "Século Ilustrado")1973 (exposição na Livraria Opinião)1973 (prémios Pereira da Rosa, Benoliel para o melhor fotógrafo de imprensa)1974 (exposição "Portugal Livre" no Palácio Foz e na Galeria do Casino Estoril)1975 (exposição na Associação Portuguesa de Arte Fotográfica)1977 (entra para os quadros da Agência Noticiosa Portuguesa – ANOP)1983 (exposição , "Da descolonização à cooperação ", que realiza em colaboração com Luís Vasconcelos)1976 a 1978 (fotógrafo oficial do Presidente da República António Ramalho Eanes)1985 a 1996 (fotógrafo oficial do Presidente da República Mário Soares)1987 (entra para os quadros da agência Lusa)1987 (exposição na Galeria 111, em Lisboa)1989 (colabora na fundação do jornal "Público", onde trabalha até 1997)1992 (participa na exposição coletiva "Dois anos de fotografia do jornal Público")1994 (menção honrosas do Euro Press Photo)1995 (exposição "Naquele Tempo" no Arquivo Fotográfico da Câmara Municipal de Lisboa)1997 (editor fotográfico no jornal “Público” quando o periódico integrou o Grupo Edipresse)1997 (expôs na Galeria Nave (Matosinhos))1996 (exposições na Galeria Imagolucis (Porto), na Bienal Fotográfica (Leiria) e na na Casa dos Crivos (Braga))1996 (grau de Comendador da Ordem de Infante D. Henrique)1999 (editor fotográfico no jornal “O Comércio do Porto”)1999 (exposição no edifício da antiga Cadeia da Relação do Porto)1999 (exposições no Museu da Imagem (Braga) e nas Galerias FNAC (Lisboa e Porto))2000 (exposição na Cadeia da Relação do Porto, nos Paços do Concelho da Câmara de Lisboa, na Universidade do Minho e na Galeria FNAC (Lisboa))2000 (participa nos Encontros da Imagem)2001 (fotógrafo do projeto “NetParque” do Parque das Nações)2001 (exposições na Fundação Mário Soares, no Município de Odivelas, na Escola Superior de Educação do Porto, na mostra da fotografia portuguesa (Galiza), na Galeria Imagolucis do Porto)2002 (colabora com Ana Sousa Dias e a RTP2 no programa “Por Outro Lado”)2002 (participou na Exposição coletiva de Fotografia Portuguesa (Galiza))2002 (editor fotográfico, no "Jornal de Notícias")2002 (diretor de fotografia na agência Global Imagens)2004 (exposição no edifício da antiga Cadeia da Relação do Porto)2007 e 2008 (Prémio Fotojornalismo Visão/BES)2010 (exposições no Arquivo Municipal de Lisboa e no Paço Episcopal de Faro)2017 (exposição retrospetiva na galeria Municipal da Cordoaria Nacional de Lisboa)2018 (exposição no Museu da Imagem de Braga)História:Alfredo de Almeida Coelho da Cunha nasceu em 8 de outubro de 1953, em Celorico da Beira, filho e neto de fotógrafos dessa cidade e da Guarda, com quem teve o primeiro contacto com a arte fotográfica. Aos sete anos, trabalhou com o pai, ainda de modo comercial, a imprimir fotos “tipo passe” e, passados alguns anos, fazia reportagens de casamentos e trabalho de laboratório. Iniciou a sua vida profissional na agência de publicidade Praxis, em 1970, e, um ano depois, colaborou com o jornal Notícias da Amadora, passando aos quadros dos periódicos O Século e Século Ilustrado, em 1972. Dois anos antes da Revolução dos Cravos, expôs na livraria Opinião e publicou o livro "Raízes da nossa força", com textos de Maria Helena Augusto das Neves Gorjão (1945-), sobre crianças dos bairros de lata da região de Lisboa, apreendido pela Polícia Internacional e de Defesa do Estado (PIDE), por conter “incitamento ao levantamento das populações” (NEVES, 2017). O autor havia já publicado fotografias sobre o bairro da Falagueira, no Notícias da Amadora. Em 1974, publicou a obra "Vidas alheias", reeditado no ano seguinte. A sua primeira grande reportagem foi sobre o 25 de Abril de 1974, que deu origem à exposição “Portugal livre”, no Palácio Foz, em Lisboa, e na galeria do Casino Estoril. No ano seguinte, fez uma reportagem sobre a descolonização nos países africanos, que se encontravam em processo de independência, e realizou uma exposição na Associação Portuguesa de Arte Fotográfica. Em 1977, publicou o livro "Disparos", com poemas de Manuel Alegre. Em 1977, entrou para os quadros da Agência Noticiosa Portuguesa (ANOP) e, em 1982, transitou para os quadros da Notícias de Portugal (NP). O contacto com os países recém-emancipados deu origem a uma outra exposição, designada "Da descolonização à cooperação" (1983), que realizou em colaboração com Luís Vasconcelos, itinerante em vários países africanos. Alfredo Cunha registou o contexto político e social do processo democrático de Portugal, tendo sido designado fotógrafo oficial do Presidente da República António Ramalho Eanes, entre 1976 e 1978, publicou o livro "Sá Carneiro", em 1981, e foi, novamente, indigitado para fotógrafo oficial da presidência, nos dois mandatos de Mário Soares, de 1985 a 1996. Da colaboração com Mário Soares, resultaram várias obras de autoria singular ou em coautoria, com o Chefe de Estado ou com Luís Vasconcelos. Em 1987, entrou para os quadros da agência Lusa, expôs na galeria 111, em Lisboa, e, no ano seguinte publicou a obra "Jardins de Lisboa: retrato de Lisboa", em coautoria com Luís de Vasconcelos e Jorge Lima Barreto. Colaborou na fundação do jornal Público, em 1989, onde foi criada, pela primeira vez em Portugal, uma editora de fotografia, que aplicou um conceito lógico, em conformidade com a linha editorial do jornal. Participou na exposição coletiva "Dois anos de fotografia do jornal Público", colaborou na obra "Grandes museus de Portugal", em 1992, e, dois anos depois, publicou, com Eduardo Gageiro e José Antunes, o livro “Lisboa, 25 de Abril de 1974 - Breve roteiro fotográfico”. Publicou igualmente o livro “O melhor café”, com textos de Pedro Rosa Mendes, em 1996, ano em que expôs na galeria Imagolucis (Porto), na Bienal Fotográfica (Leiria) e na Casa dos Crivos (Braga). Após a integração do jornal Público no grupo Edipresse (1997), foi editor fotográfico e, em 1999, desempenhou as mesmas funções no jornal O Comércio do Porto. Em paralelo, no ano de 1997, publicou o livro “Porto de mar”, com Agustina Bessa Luís, Rita Siza e Mário Soares, e expôs na galeria Nave (Matosinhos). Um ano depois, publicou o livro “Norte” e expôs na cadeia da Relação do Porto, nos Paços do Concelho da Câmara Municipal de Lisboa, na Universidade do Minho e na galeria FNAC (Lisboa). Em 1999, publicou o livro “O dia 25 de Abril de 1974”, em coautoria com Adelino Gomes, com imagens que foram expostas nesse ano e, em 2004, no edifício da antiga cadeia da Relação do Porto. Continuou a realizar exposições, em 1999, no Museu da Imagem (Braga) e nas galerias FNAC (Lisboa e Porto). Foi fotógrafo da revista Focus e participou nos Encontros da Imagem, em 2000 e 2001, foi fotógrafo do projeto NetParque, do Parque das Nações, expôs na Fundação Mário Soares, no Município de Odivelas, na Escola Superior de Educação do Porto, na Mostra da Fotografia Portuguesa (Galiza), na galeria Imagolucis (Porto). Em 2001, publicou o livro “A cidade das pontes”, com David Pontes. Colaborou com Ana Sousa Dias e a RTP2, no programa “Por outro lado”, em 2002, ano em que participou na Exposição Coletiva de Fotografia Portuguesa (Galiza) e publicou a obra “Cuidado com as crianças”. Retomou, nesse ano, as funções de editor fotográfico, desta vez no Jornal de Notícias, e de diretor de fotografia na agência Global Imagens. Publicou a obra "O homem na catedral", em 2003, em coautoria com Eduardo Melo Peixoto. Em 2010, expôs no Arquivo Municipal de Lisboa e no Paço Episcopal de Faro e, passados dois anos, publicou "A cortina dos dias". Posteriormente, em 2014, o livro "Os rapazes dos tanques, com texto de Adelino Gomes, saiu do prelo, e outras três obras do autor foram publicadas, de seguida, com um intervalo anual: "Toda a esperança do mundo" (2015), "Felicidade" (2016), "Fátima: enquanto houver portugueses" (2017). A maior exposição retrospetiva da sua carreira foi realizada na Galeria Municipal da Cordoaria Nacional de Lisboa, em 2017, e, no ano seguinte, apresentou, no Museu da Imagem de Braga, a retrospetiva de duas décadas de acompanhamento da Semana Santa nessa cidade. Foi agraciado com o grau de Comendador da Ordem de Infante D. Henrique, atribuída em 13 de fevereiro de 1996. Foi profusamente homenageado e distinguido, nomeadamente, com os prémios Pereira da Rosa e Benoliel para o melhor fotógrafo de imprensa, em 1973, vários prémios Fuji e Visão, menções honrosas do Euro Press Photo (1994) e com o prémio fotojornalismo Visão/BES 2007 e 2008, entre outros.Funções, ocupações e actividades:FotógrafoContexto geral:Regime ditatorial : Estado Novo, Primavera Marcelista; Guerra colonial; Movimento das Forças Armadas; Revolução 25 de Abril; Descolonização das colónias portuguesas; PREC: Processo Revolucionário em Curso; Regime democráticoIdentificador(es) da instituição:PT/AMLSBRegras e/ou convenções:ISAAR(CPF)PORTUGAL. direção-Geral de Arquivos. Grupo de Trabalho de Normalização da Descrição em Arquivo - Orientações para a descrição arquivística. 2ª v. Lisboa: DGARQ, 2007. ISBN 978-972-8107-91-8.Fontes:Catálogo da exposição: Naquele Tempo, 1970 - 1995, Contexto 1995 // "Raízes de uma Força", N.A. // "Gente", 1972 // "Arcos de Lisboa" // "Jardins de Lisboa" // "Presidência Aberta" // "Na Estrada com Soares" // "Sá Carneiro"